quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Um governo que vive atado de pés e mãos



A presidenta da república Dilma Rousseff ainda não demitiu o ministro dos Esportes Orlando Silva para não agravar a crise de governabilidade, que ela vem administrando desde que o ministro chefe da Casa Civil, Antonio Palocci foi obrigado a pedir demissão, após uma enxurrada de denuncias que a imprensa vinha fazendo sistematicamente.

Do pedido de demissão de Antonio Palocci, até os dias de hoje, três outros ministros já foram instados a pedirem demissão: os ministros Alfredo Nascimento (transporte), Wagner Rossi (agricultura) e Pedro Novaes (turismo). Todos pelo mesmo motivo: malfeitos.   

A queda do ministro da Defesa Nelson Jobim, não foi por denuncia de envolvimento com a corrupção, mas devido a conflitos de idéias que já vinham se manifestando, desde o início desse governo. O ministro das Relações Institucionais Luís Sérgio, deslocado para o ministério da Pesca, segundo se comenta pelos corredores e desvãos do Palácio do Planalto, perdeu o seu antigo posto por pura incompetência. O que segundo pessoas próximas a presidenta, ela não tolera.

A situação da presidenta Dilma Rousseff é de fácil compreensão, haja vista, os critérios que se usa no Brasil para a escolha de ministros e integrantes do segundo, terceiro, quarto e quinto escalões. Aqui todo é feito com base em compromissos assumidos durante a campanha, o que significa dizer, que a questão do mérito é irrelevante, não hora da escolha dos auxiliares diretos e indiretos do chefe de governo. Qualquer governo.

Os compromissos de campanha acabam engessando o governo central, que para governar depende do apoio do que se convencionou chamar neste país, de base aliada. Que de aliada não tem nada. Não sei se em outros países é assim que acontece, mas no Brasil, o governo federal é obrigado a negociar o tempo todo com os partidos que lhe emprestam apoio. É negociar significa praticar o mercado do escambo, da troca de apoio pela liberação de verbas, a nomeação para cargos o governo e outros quejandos.

Isso talvez explique a nossa triste condição de país de quarto mundo. No Brasil ainda se vive situações que remonta a idade média. 

siga no Twitte e no Facebook ao blog Dom Severino ( severino-neto.blogspot.com) @domseverino  

Nenhum comentário: