terça-feira, 8 de novembro de 2011

Amordaçaram o promotor de justiça Eliardo Cabral ou ele fez voto de silêncio?


Certa ocasião, Bhaskali aproximou-se de seu Guru, Bhaba, e perguntou-lhe onde se encontrava o Eterno, o Infinito Supremo, o Brahman dos Upanishads. O mestre não respondeu e o discípulo então, continuou perguntando-lhe uma e outra vez e ele sequer abriu os lábios. Ao final o mestre disse-lhe: “Estive te dizendo uma e outra vez, mas você não me entendeu; Que eu posso fazer? Esse Brahman, o Infinito, o Eterno, não pode ser explicado, mas sim conhecido através do silêncio profundo. Não existe nenhum outro lugar em que ele possa habitar, só no silêncio profundo e eterno! Ayam, Atman, Santah. Este Atman é o silêncio”.

A segunda opção é a verdadeira. A população piauiense anda meio aflita, sem entender o porquê do silêncio que vem adotando nos últimos dias, os promotores de justiça Eliardo Cabral Ubiracy Rocha, eles que instigados pela mídia vinham fazendo o papel que verdadeiramente cabe ao promotor de justiça, que é zelar pelos direitos fundamentais do cidadão e isso implica necessariamente, esclarecer a opinião pública sobre alguns pontos de uma investigação, que para o cidadão comum, parecem obscuros, quando transmitido através de uma linguagem técnica.  

A meu ver, o silêncio que vem sendo adotados pelos promotores de justiça Ubiracy Rocha e Eliardo Cabral, que atuam conjuntamente no caso Fernanda Lages, se deve ao fato deles terem conseguido atingir os seus objetivos. O primeiro foi abortar a tese de suicídio defendida, até pela Policia Civil. E o segundo, forçar a Policia Federal a assumir a investigação de um crime, que conseguiu chamar a atenção da mídia nacional.

Agora é o momento de recolhimento e de um trabalho que não precisa mais ser repercutido. Segundo o livro de Eclesiastes na vida há tempo para falar e tempo para calar, silenciar.

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