terça-feira, 8 de novembro de 2011

A mexicanização do Brasil se dá num ritmo acelerado


Em países como o Brasil e o México, a manutenção da pobreza é garantia da perpetuação no poder

No Brasil o estado oficial perdeu completamente o controle sobre o estado paralelo. Isso ficou mais evidente agora, quando o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ) foi resgatado pela Anistia Internacional, depois que esse deputado recebeu várias ameaças de morte do crime organizado.

São muitas as semelhanças existentes entre o Brasil e o México, a começar pela hegemonia do Partido dos Trabalhadores (PT), que caminha para um quarto mandato, ainda muito longe é verdade, do tempo que o Partido Revolucionário Institucional (PRI) passou no governo desse país da América do Norte, que vai de 1929 até 2000. Mas que sustentado pelo programa Bolsa Família, um programa clientelista, assistencialista e paternalista, tem tudo para igualar ou superar até, o tempo que o PRI governou o México.

A pobreza extrema, uma educação pública de péssima qualidade, um sistema de saúde pública que não possibilita ao pobre um tratamento digno e mais a falta de segurança em que vive a população brasileira - são outros aspectos comuns a esses dois países que os fazem semelhantes.

Mas o aspecto, que faz com que o Brasil se torne cada vez mais parecido com México, é o crescimento do crime organizado, que em ambos os países, revelam a fragilidade e a impotência do estado oficial para se impor perante um estado paralelo, que cresce, que se fortalece e que vai se enraizando cada vê mais no tecido social brasileiro, nos três poderes, de modo a enfraquecer as instituições legitimamente organizadas.

O neologismo mexicanização se aplica ao Brasil, dado a situação semelhante que estão vivendo esses dois países, que não por acaso, estão incluídos no bloco dos países quarto mundo.   

Hoje no Brasil ninguém mais alimenta a esperança de que ainda seja possível resgatar nação brasileira das garras do crime organizado.  

siga no Twitter e no Facebook ao blog Dom Severino ( severino-neto.blogspot.com) @domseverino 

Nenhum comentário: