sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Um mundo de incertezas, medos e angústias


“Talvez estejamos entrando em uma longa crise psicológica onde veremos nossos ideais de individualidade e de identidade morrerem ou, ao menos, algo fundamental de tais ideais morrer”.  

Neste mundo em que vivemos ninguém consegue ser feliz. Os que vivem na pobreza extrema e os pobres, devido à carência de bens essenciais, como o emprego, alimento, moradia, cultura, lazer, água canalizada, luz elétrica e esgoto sanitário. Os riscos pelo excesso de preocupação - em fazer a sua riqueza crescer e de não perdê-la de uma hora para outra.

As crises de natureza econômica, política, ambiental, populacional e moral, redundam numa crise muito mais grave ainda, que é a crise psicológica, provocada pelo colapso dos sistemas econômico, financeiro e político.
Com o fim do pleno emprego e a entrada num mercado de trabalho em extinção, de milhões de jovens e a busca de reinserção nesse mesmo mercado de trabalho de milhões de trabalhadores que nos últimos anos perderam os seus empregos, surgiu à crise de natureza psicológica, que evoluiu para o pânico.

Os ricos vivem sendo devorados pelos mais ricos, que na ânsia de enriquecerem ainda mais, não tem nenhum escrúpulo em asfixiarem até a morte os mais fracos. O darwinismo explica e se aplica ao mundo dos negócios, através da seleção natural. Com o derretimento da economia mundial, o rico de hoje pode ser o pobre de amanhã. E essa incerteza com relação ao futuro, é o combustível que serve para alimentar a crise psicológica.

Os aposentados que hoje estão livres das pressões exercidas pelo aumento do desemprego, também vivem perdendo sono, ao se preocuparem com os seus filhos e netos, que ainda dependem de um emprego ou que lutam para manter de pé os seus negócios, num mercado altamente competitivo.

Neste mundo insensato, vivemos correndo de um lado para o outro, para no final, descobrirmos que toda essa correria e desassossego não valeram à pena.   

O comunismo que nasceu como uma alternativa ao capitalismo selvagem, prometendo ao homem a liberdade e proteção contra um sistema que o vê, apenas como máquina e um consumidor em potencial, faliu. E o homem que chegou a sonhar em ser livre, de repente se deparou com a orfandade.  

Só os princípios universais de Liberdade, Fraternidade e igualdade (Liberté, Egalité, Fraternité), podem salvar o homem e a humanidade da crise psicológica que se abateu sobre ele na contemporaneidade.

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