segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Certas mulheres na nossa sociedade não passam de depósito de esperma


por Thomazia Arouche *

São inegáveis as vitórias das mulheres, nas ultimas décadas, em todos os campos da atividade humana. Nós temos avançado bastante no que se refere às lutas pela liberdade, igualdade e oportunidade. No mundo ocidental, as vitórias são mais expressivas e definitivas, mas ainda existe um longo caminho a trilhar, para que a igualdade entre os sexos se dê, sem que seja preciso haver guerra entre eles.

Nos países de primeiro mundo, os avanços foram mais significativos, mas ainda insuficientes para se falar em igualdade plena. Nos países do terceiro mundo e quarto mundo, a cultura machista ainda é muito forte e em que pese alguns avanços, a cultura da mulher submissa, da mulher doméstica, da mulher objeto, da mulher produto e da mulher depósito de esperma, ainda se faz forte e muito presente em todos os níveis sociais - com pequenas e sutis diferenças com relação às sociedades primitivas, como a muçulmana, onde a mulher tem os mesmos direitos e merece o mesmo respeito, que o homem dispensa ao seu animal domestico de “estimação”.   

Em se tratando do Brasil, essa cultura da mulher servil, da mulher objeto, da mulher domestica, da mulher frágil, da mulher incapaz, da mulher sem importância, da mulher eterna dependente do homem, se fortalece a cada dia, na medida em que a imprensa da ênfase a algumas atividades, como as de modelo e atriz, que para exercê-las não é preciso grande esforço intelectual e nem rigidez moral.

Na televisão, as mulheres sem nenhum pudor, são exploradas, como mulher objeto, que tem corpo, mas que são desprovidas de massa encefálica. É óbvio que toda regra comporta exceção.

O jogador Neymar, a cada dia, usa uma mulher, cuja profissão é modelo, que vive a buscar a fama e dinheiro fácil. Essas são conhecidas mundialmente como mulheres chuteiras.

A mulher para ser tratada com respeito, precisa investir muito na sua independência econômica e financeira, o que só se consegue com muito estudo. A mulher para ser bem sucedida, respeitada e admirada como um ser humano que é, precisa, necessita ser ter amor próprio. Um amor que não lhe permita ser usado como coisa, como objeto e como depósito de esperma, que muitas das vezes, lhe botar no mudo seres indesejáveis.

A mulher que se permite ser tratada como um produto de troca, não tem dignidade e nunca será respeitada. Só o estudo liberta a mulher do jugo e da tirania masculina. 

A homossexualidade contribui de certa maneira para que a mulher conquiste a sua independência e liberdade

* Thomazia Arouche - é antropóloga, socióloga e feminista.

siga no Twitter e no Facebook ao blog Dom Severino ( severino-neto.blogspot.com) @domseverino 

Nenhum comentário: