por Thomazia Arouche *
São inegáveis as vitórias das mulheres, nas ultimas
décadas, em todos os campos da atividade humana. Nós temos avançado bastante no
que se refere às lutas pela liberdade, igualdade e oportunidade. No mundo ocidental,
as vitórias são mais expressivas e definitivas, mas ainda existe um longo
caminho a trilhar, para que a igualdade entre os sexos se dê, sem que seja preciso
haver guerra entre eles.
Nos países de primeiro mundo, os avanços foram mais
significativos, mas ainda insuficientes para se falar em igualdade plena. Nos
países do terceiro mundo e quarto mundo, a cultura machista ainda é muito forte
e em que pese alguns avanços, a cultura da mulher submissa, da mulher doméstica,
da mulher objeto, da mulher produto e da mulher depósito de esperma, ainda se
faz forte e muito presente em todos os níveis sociais - com pequenas e sutis
diferenças com relação às sociedades primitivas, como a muçulmana, onde a
mulher tem os mesmos direitos e merece o mesmo respeito, que o homem dispensa
ao seu animal domestico de “estimação”.
Em se tratando do Brasil, essa cultura da mulher
servil, da mulher objeto, da mulher domestica, da mulher frágil, da mulher
incapaz, da mulher sem importância, da mulher eterna dependente do homem, se
fortalece a cada dia, na medida em que a imprensa da ênfase a algumas
atividades, como as de modelo e atriz, que para exercê-las não é preciso grande
esforço intelectual e nem rigidez moral.
Na televisão, as mulheres sem nenhum pudor, são
exploradas, como mulher objeto, que tem corpo, mas que são desprovidas de massa
encefálica. É óbvio que toda regra comporta exceção.
O jogador Neymar, a cada dia, usa uma mulher, cuja
profissão é modelo, que vive a buscar a fama e dinheiro fácil. Essas são
conhecidas mundialmente como mulheres chuteiras.
A mulher para ser tratada com respeito, precisa investir
muito na sua independência econômica e financeira, o que só se consegue com muito
estudo. A mulher para ser bem sucedida, respeitada e admirada como um ser
humano que é, precisa, necessita ser ter amor próprio. Um amor que não lhe
permita ser usado como coisa, como objeto e como depósito de esperma, que muitas
das vezes, lhe botar no mudo seres indesejáveis.
A mulher que se permite ser tratada como um produto
de troca, não tem dignidade e nunca será respeitada. Só o estudo liberta a mulher do jugo e da tirania masculina.
A homossexualidade contribui de certa maneira
para que a mulher conquiste a sua independência e liberdade
* Thomazia
Arouche - é antropóloga, socióloga e feminista.
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