quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Jader Barbalho emerge na cena política brasileira


Um político de  moral duvidosa a menos ou a mais no Congresso Nacional, não faz nenhuma diferença. O povo brasileiro que estava se regozijando, por não ter que se deparar a todo o momento na televisão, com políticos considerados fichas sujas, como Jader Barbalho (PA), Cássio Cunha Lima (PB) e o casal Capibaribe, pode esquecer a sua alegria momentânea, porque essas figuras estão de volta.

E o mais absurdo: vão ter que conviver no Senado Federal a partir de agora, o senador paraense Jader Barbalho e aquele que lhe colocou um par de algemas nas mãos, o senador Pedro Taques (PDT-MT), que a época da prisão de Jader Barbalho, era procurador da república.

Há 10 anos, um escândalo envolvendo desvio de pelo menos R$ 4 bilhões da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) abalou a política brasileira, ao ponto de chegar ao então presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB). O caso se tornou um dos símbolos da impunidade no Brasil, já que, até agora, as punições são raras e o dinheiro nunca voltou aos cofres públicos.

O país da impunidade e da imoralidade explicita, já não escandaliza mais o seu povo. Um povo que vota "obrigado e por uma necessidade extrema". O que o força o eleitor a ir às urnas sem vontade própria e a trocar o seu voto por um benefício qualquer.

Agora o mais absurdo de tudo isso, é que nós os brasileiros, temos que admitir que no Congresso Nacional, ninguém é melhor que ninguém. Jader Barbalho é igual a Pedro Taques, que é igual a José Sarney, que é igual a Demóstenes Torres, que é igual a Pedro Simon, que é igual a Renan Calheiros e etc, etc.    

No desenrolar de qualquer discussão a respeito do caráter do homem público brasileiro, sempre surge uma pergunta inevitável: e o que se pode fazer para mudar essa nossa triste realidade? Só importando políticos das nações reconhecidamente sérias e sem mistura racial.    

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