Talvez até exista um país em todo o mundo, mais avacalhado, enxovalhao e ridículo
que nem o Brasil, só que eu desconheço. Porque num país que se pretende sério, as entidades
de classes devem existi, para defender os reais interesses dos seus associados
e não para compactar com aqueles que optam por trilhar um caminho que não combina
com a moral e ética.
O posicionamento assumido pela ministra do STJ e corregedora
do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Eliana Calmon, deveria receber o apoio
total e irrestrito das entidades que representam os juízes, porque a função desse
conselho é buscar corrigir desvios de conduta, de certos magistrados que em vez
de estarem envergando uma toga, deveriam isso sim, era estarem usando roupas de
presidiários. Porque qualquer sociedade não pode aceitar que magistrados que
ganham salários infinitamente superiores aos de um cidadão comum, desvirtue a
sua finalidade e uma instituição que tem por dever de oficio, fazer cumprir a
ordem e as leis.
As três maiores associações de juízes do Brasil entraram, com
um pedido para que o Ministério Público apure se a corregedora-geral de
Justiça, Eliana Calmon, cometeu crime ao investigar a evolução patrimonial de
juízes e servidores. As entidades comunicaram, ontem, que entrariam com o
pedido na Procuradoria-Geral da República (PGR) e no próprio Conselho Nacional
de Justiça (CNJ). No documento, as associações admitem que a corregedoria possa
ter acesso a dados sigilosos de magistrados, mas defendem que isso deveria
ocorrer apenas nos casos em que há procedimento disciplinar instalado, e não
deliberadamente.
É aquela velha história que diz: quem não deve não teme. Um
juiz que apresenta uma evolução patrimonial, incompatível com a sua renda, deve
assim como qualquer cidadão comum ser investigado por um órgão que existe com
essa finalidade. As pessoas honestas não temem nenhum tipo de investigação
sobre a sua vida e não perdem uma noite sequer de sono.
A vida marginal do traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem,
não é aceitável, mas pode ser entendida e compreendida, pela sua origem e
procedência, mas o comportamento marginal de qualquer autoridade, sobretudo de
um juiz, não pode ser aceitável e muito menos tolerada.
A ministra e corregedora Eliana Calmon, deve receber apoio e
solidariedade de todas as pessoas e das entidades de bem deste país, para que
ainda possamos alimentar a vã esperança de salvá-lo.
siga no Twitter e no Facebook ao blog Dom Severino ( severino-neto.blogspot.com) @domseverino

Nenhum comentário:
Postar um comentário