Engana-se quem pensa que o poder econômico é um
fator determinante numa eleição para prefeito de Teresina ou qualquer outra
capital brasileira.
Como o eleitor da capital é um eleitor consciente se
comparado com o eleitor do interior, nesse caso, além do fator econômico,
outros fatores contribuem para a eleição do candidato a prefeito. Entre todos eles,
o que mais pesa na hora do eleitor fazer a sua opção - é a empatia, uma forma
de identificação intelectual ou afetiva.
Um bom discurso, recheado de propostas que vão de encontro ao anseio popular, somado a uma boa imagem, esses sim, são critérios que podem ser determinantes numa eleição.
Um candidato que se identifica com as oligarquias,
que fala e não convence ninguém com o seu discurso, esse pode ir logo tirando o
seu cavalinho da chuva, como se diz na gíria, porque esse o eleitor da capital
já descartou antecipadamente.
Certa coerência no modo de pensar e agir do candidato,
também ajuda na hora do eleitor votar. Mas o candidato metido a espertalhão,
que usa um discurso demagógico e tenta usar com bandeira principal de campanha,
o idoso, perde o voto da pessoa idosa e dos seus filhos e netos.
É fácil estabelecer uma diferença entre o político
sério e o político demagogo, bastando apenas investigar o passado de cada um deles,
o que acaba revelando o que é honestidade de propósitos e o que é estratégia
política. Se na vida pretérita o candidato nunca se preocupou em zelar e defender
o idoso, porque só agora? Elementar meu caro leitor: esse zelo e defesa de
última hora funciona como parte de um planejamento estratégico de campanha.
Se o poder econômico funcionasse na capital, o candidato
ao governo do estado do Piauí, o senador João Vicente Claudino (PTB-PI), teria
vencido de goleada os candidatos Sílvio Mendes (PSDB) e Wilson Martins (PSB) em 2010. E o que se viu,
foi uma votação inexpressiva do então candidato petebista.
Se dinheiro ganhasse eleição, o empresário Antonio Ermírio
de Moraes teria sido eleito governador do estado de São Paulo e presidente da república.
Já no interior onde existem os currais e as fazendas
eleitorais, o dinheiro é determinante.
O
ex-deputado federal Mussa Demes, que tinha residência fixa no estado do Ceará e se elegia deputado
federal pelo seu Estado de origem, essa cegava 24 horas antes da eleição no Piauí
e sempre se elegia. Parafraseando o sábio
cearense Falcão, digo que numa eleição proporcional o dinheiro não é tudo, mas
é 100%.
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