terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O poder econômico não é determinante na eleição para prefeitos das capitais


Engana-se quem pensa que o poder econômico é um fator determinante numa eleição para prefeito de Teresina ou qualquer outra capital brasileira.

Como o eleitor da capital é um eleitor consciente se comparado com o eleitor do interior, nesse caso, além do fator econômico, outros fatores contribuem para a eleição do candidato a prefeito. Entre todos eles, o que mais pesa na hora do eleitor fazer a sua opção - é a empatia, uma forma de identificação intelectual ou afetiva. do candidato com o eleitor.

Um bom discurso, recheado de propostas que vão de encontro ao anseio popular, somado a uma boa imagem, esses sim, são critérios que podem ser determinantes numa eleição.  

Um candidato que se identifica com as oligarquias, que fala e não convence ninguém com o seu discurso, esse pode ir logo tirando o seu cavalinho da chuva, como se diz na gíria, porque esse o eleitor da capital já descartou antecipadamente.

Certa coerência no modo de pensar e agir do candidato, também ajuda na hora do eleitor votar. Mas o candidato metido a espertalhão, que usa um discurso demagógico e tenta usar com bandeira principal de campanha, o idoso, perde o voto da pessoa idosa e dos seus filhos e netos.

É fácil estabelecer uma diferença entre o político sério e o político demagogo, bastando apenas investigar o passado de cada um deles, o que acaba revelando o que é honestidade de propósitos e o que é estratégia política. Se na vida pretérita o candidato nunca se preocupou em zelar e defender o idoso, porque só agora? Elementar meu caro leitor: esse zelo e defesa de última hora funciona como parte de um planejamento estratégico de campanha.  

Se o poder econômico funcionasse na capital, o candidato ao governo do estado do Piauí, o senador João Vicente Claudino (PTB-PI), teria vencido de goleada os candidatos Sílvio Mendes (PSDB) e Wilson Martins (PSB) em 2010. E o que se viu, foi uma votação inexpressiva do então candidato petebista.

Se dinheiro ganhasse eleição, o empresário Antonio Ermírio de Moraes teria sido eleito governador do estado de São Paulo e presidente da república.

Já no interior onde existem os currais e as fazendas eleitorais, o dinheiro é determinante.

O ex-deputado federal Mussa Demes, que tinha residência fixa no estado do Ceará e se elegia deputado federal pelo seu Estado de origem, essa cegava 24 horas antes da eleição no Piauí e sempre se elegia.  Parafraseando o sábio cearense Falcão, digo que numa eleição proporcional o dinheiro não é tudo, mas é 100%.

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