sábado, 7 de janeiro de 2012

Sem a participação dos estudantes não se transforma uma realidade opressora



O filho de usineiro Wladimir Palmeira liderando na Cinelândia no Rio de janeira, a passeata dos Cem Mil

"Mães, artistas, intelectuais, estudantes, professores, políticos, operários e religiosos chegavam à Cinelândia, local marcado para a concentração da grande passeata contra a violenta repressão da polícia às reivindicações estudantis".

Qualquer mudança significativa que venha a se operar em qualquer sociedade, tem como vanguarda, na linha de frente, os estudantes e a elite intelectual (os ideólogos), porque os trabalhadores, num momento como este em que vivemos de completo desmonte do sindicalismo e de marasmo político, estão alienados, porque cooptados pelo sistema dominante, que por pura ironia, tem como cabeça desse sistema, o Partido dos Trabalhadores (PT).

Maio 68 - em França
A classe média desempenha um papel de destaque nas lutas sociais, por ser a mais bem informada, o que propicia aos seus membros, serem mais dotados de consciência política. Uma parte da história mundial registra a participação, nas revoluções transformadoras, de homens e mulheres que pertenciam à classe dos mais favorecidos, mas que eram movidos por um senso de justiça e espírito solidário e fraterno.

Os estudantes assumem a dianteira dos movimento de libertação, porque são ousados, destemidos e com mais acesso a informação. A elite intelectual (os ideólogos), por compromisso, com a construção de um mundo menos desigual, onde o pobre possa viver com um mínimo de dignidade. O que a usura dos ricos, tenta a todo custo impedir.

Se o Brasil dos dias de hoje é um país melhor e mais justo é graças à coragem de homens com Wladimir Palmeira, Honestino Guimarães (ex-presidente da UNE e morto pela ditadura militar), Fernando Gabeira, Wladimir Herzog Ferreira Gullar, Santo Dias da Silva, frei Tito, Marighela, Manoel da Conceição e tantos outros heróis nacionais.

O trabalhador que vive sob a ameaça permanente do desemprego em todo mundo, não consegue nem mais se organizar, quanto mais sair às ruas, para defender passagem de ônibus mais barata.
Sem a participação efetiva dos estudantes, nas lutas e na liderança dos movimentos sociais, o trabalhador está condenado a mais sacrifícios.

Sem sacrifícios não se conquista nenhuma vitória e com o povo humilde sendo massacrado e sem ninguém para defendê-lo, a segurança da sociedade como um todo está ameaçada.  Sem sacrifício não se conquista nem a graça de Deus.

 
Este é um jovem de classe média alta, mas que acredita e vivencia estes três princípios: Liberdade, Fraternidade e Igualdade. Foto: Igor Prado

O policial militar brasileiro, que vive sacrificado, percebendo soldos miseráveis, ao ser enviado as ruas para reprimir estudantes, intelectuais e trabalhadores, devem pesar que estudantes que ele vai reprimir via de regra, com truculência, estão ali defendendo interesses também, dos seus familiares. Manter a ordem é preciso, mas sem exacerbação. Afinal de contas, as policias existem, em tese, para proteger todos os cidadãos.  

O empresário não tem alma, tem interesses a defender. Os interesses dos pobres e dos trabalhadores, sempre foram conflitantes, com os dos empresários ricos e poderosos.   

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