sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

A espetacularização da tragédia faz aumentar a audiência das TVS

A espetacularização da tragédia preenche o noticiário da televisão. E a falta de critério para a divulgação de notícias sobre crimes cruéis e hediondos, me parece que vem contribuindo de maneira bastante significativa para o recrudescimento da violência e da prática da pedofilia cá entre nós.

Como o Brasil não é um país que não preza que não valoriza a realização de pesquisas - é muito difícil se dispor de dados estatísticos que nos permita mensurar o tamanho da tragédia brasileira, mas pelo espaço que ela ocupa na mídia é fácil concluir que a tragédia atingiu uma proporção intolerável.

Sem as empresas que controlam a mídia, não tem nenhum escrúpulo em glamourizar e publicizar à tragédia, os agentes, aqueles que fazem programas chamados Mundo Cão; esses, até por desconhecimento do significado das palavras ética e moral, extrapolam as suas funções, transformando a tragédia individual e coletiva, num espetáculo midiático.

As emissoras de televisão do estado do Piauí, não satisfeitas, só com a violência local, abrem espaço nos horários locais, para transmitirem os programas apresentados por Marcelo Rezende (TV Record) e Roberto Cabrini (SBT). Até a TV Globo acabou se rendendo ao grande IBOPE da noticia sobre tragédias e crimes violentos.

Agora, pior do que a falta de ética e consciência política dos donos e apresentadores de televisão - é a ignorância do telespectador brasileiro, que devido ao fato da sua baixa escolaridade e nenhuma educação doméstica, que prepara o cidadão para a vida em sociedade, valoriza programas que priorizam a tragédia.

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