Yoani Sánchez chegou a Salvador e
seguiu para Feira de Santana.No hotel onde está hospedada ela falou com a
imprensa por 10 minutos.
Dado passou três semanas entre Cuba e Honduras para retratar as restrições políticas impostas por esses governos sobre liberdades, como a de expressão, no século 21. Yoani Sánchez, que é autora do blog "Generación Y", é uma das personagens principais, junto a Reinaldo Escobar, seu marido, além das Damas de Branco e do Conselho dos Ativistas dos Direitos Humanos.
Egi Santana
Do G1 BA, em Feira de Santana
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Yoani Sánchez chega no hotel onde ficará hospedada em Feira de Santana (Foto: Egi Santana / G1) |
Em sua chegada a Feira
de Santana, na Bahia, a blogueira cubana Yoani Sánchez recebeu a
imprensa por cerca de 10 minutos no hall do hotel onde está hospedada.
Yoani, que é uma das principais vozes
de oposição ao regime atualmente comandado por Raúl Castro, conseguiu viajar
depois que o governo cubano extinguiu a exigência de permissão para a saída da
população do país. A mudança entrou em vigor em 14 de janeiro. Ela recebeu seu
novo passaporte no dia 30 de janeiro.
Em conversa com o G1, ela explicou as primeiras impressões em solo brasileiro. A blogueira recebeu de presente uma boneca, lembrança da Bahia.
“Tudo está saindo muito bem. Sem dificuldades, pude atravessar a fronteira do meu país. Fiz uma escala no Panamá, muito emotiva, com gente me reconhecendo, gente de toda parte... da Venezuela, do Peru, gente de toda América do Sul. Depois cheguei ao Brasil com muitoas emoções positivas, com amigos e afetos. Na saída do aeroporto de Recife fui recebida por abraços de um lado e de insultos por outro lado. Isso foi muito lindo, porque essa foi minha impressão do que é viver a democracia”, completou.
"Eu já devia ao Brasil minha primeira visita fora de Cuba depois de tanto tempo, porque aqui estão as pessoas que mais se esforçaram para que eu pudesse viajar. E eles utilizaram todos os caminhos, as redes sociais, a internet, a imprensa, o governo, as relações exteriores. Eu devia aos brasileiros o agradecimento direto, pessoal, dizer obrigado por terem me feito viajar. Por isso o Brasil e a Bahia foram os escolhidos como início da viagem"
A cubana chegou ao aeroporto Luiz Eduardo Magalhães, em Salvador, por volta das 8h50 desta segunda-feira (18). Ela foi recebida por um grupo de cerca de 30 manifestantes da União da Juventude Socialista. Ela deixou o aeroporto sem passar pelo saguão de desembarque e sem falar com os jornalistas e seguiu direto de carro para Feira de Santana, com o amigo e cineasta baiano Dado Galvão, que a recepcionou no Recife. Após viagem pelo Brasil, a blogueira irá também para a República Tcheca, Espanha, México, Estados Unidos e Holanda.
Em conversa com o G1, ela explicou as primeiras impressões em solo brasileiro. A blogueira recebeu de presente uma boneca, lembrança da Bahia.
“Tudo está saindo muito bem. Sem dificuldades, pude atravessar a fronteira do meu país. Fiz uma escala no Panamá, muito emotiva, com gente me reconhecendo, gente de toda parte... da Venezuela, do Peru, gente de toda América do Sul. Depois cheguei ao Brasil com muitoas emoções positivas, com amigos e afetos. Na saída do aeroporto de Recife fui recebida por abraços de um lado e de insultos por outro lado. Isso foi muito lindo, porque essa foi minha impressão do que é viver a democracia”, completou.
"Eu já devia ao Brasil minha primeira visita fora de Cuba depois de tanto tempo, porque aqui estão as pessoas que mais se esforçaram para que eu pudesse viajar. E eles utilizaram todos os caminhos, as redes sociais, a internet, a imprensa, o governo, as relações exteriores. Eu devia aos brasileiros o agradecimento direto, pessoal, dizer obrigado por terem me feito viajar. Por isso o Brasil e a Bahia foram os escolhidos como início da viagem"
A cubana chegou ao aeroporto Luiz Eduardo Magalhães, em Salvador, por volta das 8h50 desta segunda-feira (18). Ela foi recebida por um grupo de cerca de 30 manifestantes da União da Juventude Socialista. Ela deixou o aeroporto sem passar pelo saguão de desembarque e sem falar com os jornalistas e seguiu direto de carro para Feira de Santana, com o amigo e cineasta baiano Dado Galvão, que a recepcionou no Recife. Após viagem pelo Brasil, a blogueira irá também para a República Tcheca, Espanha, México, Estados Unidos e Holanda.
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Yoani Sanchéz em hotel (Foto: Egi Santana / G1) |
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Yoani Sánchez fala com a imprensa em Feira de Santana (Foto: Egi Santana / G1) |
Ao chegar ao Recife, onde desembarcou durante a madrugada
desta segunda-feira, ela também foi recebida por um grupo de
manifestantes pró-Cuba.
"Cuba é um país que passa por
uma série de dificuldades e Yoani nunca fala sobre isso. Ela é financiada por
uma nação estrangeira para atacar seu próprio país. Nós defendemos o direito de
qualquer cidadão do mundo em se expressar e fazer crítica no seu país. O que
nós não concordamos é que ela receba dinheiro de um país estrangeiro para
atacar o seu próprio país", disse o manifestante Caio Marques Botelho
Ferreia, que faz parte do grupo socialista.
Roteiro
Em Feira de Santana, ela vai assistir ao documentário 'Conexão Cuba -
Honduras', de Dado Galvão, no qual ela é uma das entrevistadas. O filme retrata
questões como violação da liberdade de expressão e dos direitos humanos. Em
fevereiro de 2012 a blogueira teve pedido embargado para comparecer
ao lançamento da produção.
Saiba mais
Na maratona da blogueira no Brasil,
estão marcadas entrevistas coletivas, visita ao centro da cidade, encontro com
jornalistas, tarde de autógrafos do livro "De Cuba com Carinho", além
de um debate sobre a realidade cubana no ginásio de uma faculdade.
No dia 20 de fevereiro, ela deve
retornar à capital baiana e conhecer o Porto da Barra e o Pelourinho. Nesse
mesmo dia, ela segue para São Paulo.
O filme
Dado passou três semanas entre Cuba e Honduras para retratar as restrições políticas impostas por esses governos sobre liberdades, como a de expressão, no século 21. Yoani Sánchez, que é autora do blog "Generación Y", é uma das personagens principais, junto a Reinaldo Escobar, seu marido, além das Damas de Branco e do Conselho dos Ativistas dos Direitos Humanos.
A produção conta a história de Esdras
López, jornalista do Canal 36, portal noticioso de Honduras que teve o trabalho
cerceado durante o golpe militar ocorrido em setembro de 2009.
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Yoani Sanchéz é recebida por manifestantes (Foto: Egi Santana / G1) |
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