Muito jornais em todo o
mundo apresentam o ditador venezuelano Hugo Chávez como um herói. Herói só se
for dos povos miseráveis e subdesenvolvidos, porque, dos países desenvolvidos e
verdadeiramente democráticos ele nunca foi e nunca será.
A Venezuela que o próximo
presidente (ditador) venezuelano vai herdar é um país com uma desordem econômica
profunda e generalizada. Comecemos pelos números: o PIB venezuelano caiu 3,3%
em 2009 (depois de crescer 4,8% em 2008) e é projetada uma contração de mais
4,1% em 2010 (dados do Consensus). A estimativa mais recente disponível é do
Morgan Stanley, que projeta um mergulho de 6,2% para este ano e mais queda
(1,2%) para 2011. Os investimentos caíram 3,3% em 2008 e 8,2% em 2009. Para
2010, projeta-se queda entre 12,5% (Consensus) e 28% (Morgan Stanley). Da mesma
forma, o consumo caiu em 2008 (3,2%), cifra que deve se repetir neste ano. O
que cresce mesmo é a inflação: os preços ao consumidor se elevaram 32% em 2008
e 27% no ano seguinte. Para 2010, a inflação deve atingir 40% e ficar por aí em
2011.
Sob o governo de Hugo Chávez, a Venezuela passou a ser um país mono
produtor, ou seja, só produz petróleo, que o hoje ex-presidente vem usando para
fazer assistencialismo e clientelismo político. Com o governo distribuindo migalhas
para o povo pobre e miserável, enquanto que a família Chávez e os seus amigos
mantém verdadeiras fortunas no exterior.
Se o chavismo permanecer no
poder, o povo venezuelano ainda levará algumas décadas para vir, a saber, a real
situação do seu país. De um país que importa quase tudo e cuja economia depende
exclusivamente do ouro negro.
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