segunda-feira, 4 de março de 2013

Tererê: um deputado sem voz e sem autonomia

O Poder Legislativo no Brasil, sempre foi tratado com descaso e desprezo pelo Poder Executivo, que conhece muito bem a natureza daqueles que formam um poder, que tem o dever constitucional de fiscalizar o governo.

O Poder Executivo consciente da dependência e da fragilidade do Poder Legislativo, trabalha a relação entre um poder e outro, de maneira que o deputado seja obrigado a votar sempre com o governo, porque para existir o deputado precisa, necessita da generosidade do chefe do Poder Executivo, para a liberação de recursos para a execução de uma obra de interesse do parlamentar na sua base eleitoral e de empregos para os seus cabos eleitorais. Por essas e outras é que no Brasil, praticamente não existe oposição.

O quarto suplente de deputado estadual Deusimar Tererê (PSDB), um político que na sua primeira passagem pela Assembléia Legislativa do estado do Piauí, nas mesmas circunstâncias, ou seja, como suplente e que durante o tempo em que assumiu o mandato fez uma acirrada oposição ao governo de plantão, para assumir pela segunda vez uma vaga na Assembléia Legislativa vai ter que vender a sua alma ao diabo, isto é, só assume sob uma condição: não fazer oposição ao governo Wilson Martins. Mas como Tererê, como é mais conhecido esse político da Parnaíba, necessita desse emprego, certamente irá rezar na cartilha do Poder Executivo. É assim que funciona.
   
Aquele deputado combativo, que combateu fortemente os governos Wellington Dias (PT) e Wilson Martins num passado recente, não existe mais, porque só terá um mandato enquanto servir fielmente ao seu benfeitor.   

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