O Poder Legislativo no Brasil, sempre foi tratado com
descaso e desprezo pelo Poder Executivo, que conhece muito bem a natureza daqueles
que formam um poder, que tem o dever constitucional de fiscalizar o governo.
O Poder Executivo consciente da dependência e da fragilidade
do Poder Legislativo, trabalha a relação entre um poder e outro, de maneira que
o deputado seja obrigado a votar sempre com o governo, porque para existir o deputado
precisa, necessita da generosidade do chefe do Poder Executivo, para a
liberação de recursos para a execução de uma obra de interesse do parlamentar
na sua base eleitoral e de empregos para os seus cabos eleitorais. Por essas e
outras é que no Brasil, praticamente não existe oposição.
O quarto suplente de deputado estadual Deusimar Tererê
(PSDB), um político que na sua primeira passagem pela Assembléia Legislativa do
estado do Piauí, nas mesmas circunstâncias, ou seja, como suplente e que durante
o tempo em que assumiu o mandato fez uma acirrada oposição ao governo de
plantão, para assumir pela segunda vez uma vaga na Assembléia Legislativa vai
ter que vender a sua alma ao diabo, isto é, só assume sob uma condição: não fazer
oposição ao governo Wilson Martins. Mas como Tererê, como é mais conhecido esse
político da Parnaíba, necessita desse emprego, certamente irá rezar na cartilha
do Poder Executivo. É assim que funciona.
Aquele deputado combativo, que combateu fortemente os
governos Wellington Dias (PT) e Wilson Martins num passado recente, não existe
mais, porque só terá um mandato enquanto servir fielmente ao seu benfeitor.
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