terça-feira, 5 de novembro de 2013

As campeões nacionais vão afundar o Brasil

“Em 2007, o BNDES ressuscitou o zumbi da anabolização de empresários amigos e anunciou que o governo queria criar um núcleo de “campeões nacionais”, inserindo-o no mundo das grandes empresas mundiais. Nesse lance, botou perto de R$ 20 bilhões em empresas companheiras”. (Elio Gaspari)

Esse projeto audacioso do governo brasileiro, apoiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que sob o governo da presidenta Dilma Rousseff e comandado pelo economista Luciano Coutinho passou a financiar grupos econômicos, com EBX do empresário Eike Batista que acaba de desmoronar e está levando de roldão a imagem do Brasil, que com o fracasso desse outrora mega empresário, ficou desfigurada diante do potencial investidor internacional e a OI.

A Oi foi outra “campeã nacional” que fracassou e hoje pertence a Portugal Telecom, o que reforça ainda mais no exterior a idéia de que o Brasil, que até bem pouco era visto como um país promissor, que estava subindo como um foguete no conceito da comunidade econômica internacional, de repente, esse mesmo foguete, começa a rodopiar, como uma nave que perdeu o rumo e está à deriva.

Outras campeões nacionais, como LBR do ramo de laticínios quebrou. A Fibria, resultante da fusão da Aracruz com a Votorantim, atolou. O frigorífico Marfrig tomou R$ 3,6 bilhões no banco e acabou sendo engolido pela JBS. Já o Bertin teve que ser vendido logo depois de o BNDES entrar na empresa.

A maior campeã nacional, a Petrobras, que também vem recebendo ajuda do BNDES, já poderia ter quebrado, se a sua falência ou incorporação por uma empresa multinacional, não prejudicasse o projeto de reeleição da presidenta Dilma Rousserff. Segundo o ex-diretor da Petrobras Ildo Sauer, a situação dessa empresa é muito difícil. Daí a realização do leilão do Campo de Libra, feito de afogadilho e com apenas um grupo interessado. É que esse leilão representa uma tabua de salvação da Petrobras e do governo.

Daqui a pouco, que vai precisa ser socorrido pelo Tesouro Nacional é o próprio BNDES que vem acumulando, cuja carteira de ações caiu entre os anos de 2011 e 2012. O que deve se repetir em 2013.

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