Poucas vezes eu cruzei com um pensamento que combine com
o meu, quando o assunto é controle populacional e o perigo que representa para toda
a humanidade, a explosão de uma Bomba Humana, a cada dia, como nos é mostrada
pelo professor de jornalismo e estudos latino-americanos da Universidade do Arizona,
Alan Weisman, na entrevista
concedida a Reinaldo José Lopes, para o jornal Folha de S Paulo, da ultima
segunda-feira (18/11), onde esse cientista descreve um quadro perturbador sobre
o futuro da humanidade, que convive com uma superpopulação, que com a sua ação,
provoca alterações climáticas que acabam devastando populações, como aconteceu
recentemente nas Filipinas, devido à elevação dos níveis dos oceanos e a
própria química dos mares.
Nessa entrevista, Alan
Weisman, fala sobre a necessidade e a urgência das gerações futuras em limitarem
drasticamente, a natalidade, que atualmente, a cada quatro dias e meio joga no oco
do mundo, mais de um milhão de pessoas. Ele diz que “isso não é algo sustentável”.
Como sugestão para reduzir a natalidade, esse pesquisador
sugere investimentos na educação feminina, que ele afirma ser melhor do
anticoncepcional, porque faz com que os casais ao invés de terem sete filhos, a
mulher decide terminar a faculdade.
Dentre os fatores que contribuem decisivamente para o
crescimento populacional desenfreado, Alan Weisman aponta a religião,
principalmente a católica, que vive a pressionar os fiéis a não adotarem métodos
anticonceptivos e, a cultura de certos países, que seguem o livro de Gênesis
que diz: “crescei e multiplicai-vos”, como os da África, onde as pessoas
continuam tendo filhos atrás de filhos, porque muitos bebês acabam morrendo e
existe o medo de que os pais acabem sozinhos, por não terem formado uma grande
prole, que também é usada como uma proteção, pois quando o casal tem uma
família numerosa e poderosa, seus inimigos têm mais dificuldade de vencê-lo.
Nessa sua entrevista Alan
Weisman afirma com todas as letras, que se continuarmos nessa trajetória de
crescimento desenfreado, caminhamos para o desastre inevitável. Ele diz mais: “O
planeta está urbanizado, não precisamos mais de tantos braços para a lavoura.
Esse norte-americano também desfaz o “mito” criado pelos
economistas que defendem o crescimento da população, porque com mais gente no
mercado de trabalho, mais barata é a mão de obra e que é o trabalhador ativo, o
principal responsável pela manutenção da seguridade social.
Como nós vivemos hoje num mundo onde o robô e o
computador substituem a mão de obra humana, os governos com altos déficits previdenciários,
devem criar um imposto sobre o uso de maneira indiscriminada da máquina que
está a ameaçar o futuro do homem sobre a Terra.
Não existe futuro para a humanidade, sem um controle
efetivo e drástico da natalidade.
por Tomazia Arouche
por Tomazia Arouche
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