sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Uma entrevista perturbadora com o cientista Alan Weisman

Poucas vezes eu cruzei com um pensamento que combine com o meu, quando o assunto é controle populacional e o perigo que representa para toda a humanidade, a explosão de uma Bomba Humana, a cada dia, como nos é mostrada pelo professor de jornalismo e estudos latino-americanos da Universidade do Arizona, Alan Weisman, na entrevista concedida a Reinaldo José Lopes, para o jornal Folha de S Paulo, da ultima segunda-feira (18/11), onde esse cientista descreve um quadro perturbador sobre o futuro da humanidade, que convive com uma superpopulação, que com a sua ação, provoca alterações climáticas que acabam devastando populações, como aconteceu recentemente nas Filipinas, devido à elevação dos níveis dos oceanos e a própria química dos mares.

Nessa entrevista, Alan Weisman, fala sobre a necessidade e a urgência das gerações futuras em limitarem drasticamente, a natalidade, que atualmente, a cada quatro dias e meio joga no oco do mundo, mais de um milhão de pessoas. Ele diz que “isso não é algo sustentável”.

Como sugestão para reduzir a natalidade, esse pesquisador sugere investimentos na educação feminina, que ele afirma ser melhor do anticoncepcional, porque faz com que os casais ao invés de terem sete filhos, a mulher decide terminar a faculdade.   

Dentre os fatores que contribuem decisivamente para o crescimento populacional desenfreado, Alan Weisman aponta a religião, principalmente a católica, que vive a pressionar os fiéis a não adotarem métodos anticonceptivos e, a cultura de certos países, que seguem o livro de Gênesis que diz: “crescei e multiplicai-vos”, como os da África, onde as pessoas continuam tendo filhos atrás de filhos, porque muitos bebês acabam morrendo e existe o medo de que os pais acabem sozinhos, por não terem formado uma grande prole, que também é usada como uma proteção, pois quando o casal tem uma família numerosa e poderosa, seus inimigos têm mais dificuldade de vencê-lo.

Nessa sua entrevista Alan Weisman afirma com todas as letras, que se continuarmos nessa trajetória de crescimento desenfreado, caminhamos para o desastre inevitável. Ele diz mais: “O planeta está urbanizado, não precisamos mais de tantos braços para a lavoura.

Esse norte-americano também desfaz o “mito” criado pelos economistas que defendem o crescimento da população, porque com mais gente no mercado de trabalho, mais barata é a mão de obra e que é o trabalhador ativo, o principal responsável pela manutenção da seguridade social.

Como nós vivemos hoje num mundo onde o robô e o computador substituem a mão de obra humana, os governos com altos déficits previdenciários, devem criar um imposto sobre o uso de maneira indiscriminada da máquina que está a ameaçar o futuro do homem sobre a Terra.

Não existe futuro para a humanidade, sem um controle efetivo e drástico da natalidade.

por Tomazia Arouche

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