A violência
institucionalizada pelos sistemas de exploração social, isto é, a violência
cruel dos salários de fome, da falta de moradia, da precaridade da saúde e edcucação pública, do preconceito racial - é que cria o caldo de cultura
que se expressa na forma da violência nas ruas, onde o crime organizado mata
pessoas inocentes, se apossa do patrimônio particular e coloca de joelhos o
aparato policial e judicial.
É certo que nada justifica a violência, mas vá dizer
isso para quem mora num casebre, que quando chove é mais seguro ficar na rua,
para quem amanhece o dia e não tem nada na panela para aliviar a fome, não digo
na geladeira, porque indigente não pode se dá a esse luxo. As estatísticas
estão ai para provar que a mão de obra usada pelo narcotráfico é recrutada nas
periferias dos grandes centros, lá onde as pessoas sequer têm consciência, dos crimes que cometem.
No Brasil atual, a violência se espalhou por todo tecido
social, mas é nas favelas, no Brasil dos excluídos, onde esse mal se apresenta
de maneira mais visível, porque as condições de vida lá são desumanas, cruéis e
agressivas. Também pudera, de um lugar onde as pessoas convivem com ratazanas,
esgoto a céu aberto e moram em casas feitas de papelão e cobertas de lata de alumínio
e são edificadas sobre córregos, não podemos humanidade.
No estado do Rio de Janeiro, o secretário de
segurança, José Mariano Beltrame, sequer cogitou em instalar uma Unidade
de Policia Pacificadora (UPP) nos bairros de Ipanema ou Leblon, porque, embora
nesses dois bairros de classe média alta também residam bandidos, até de
colarinho branco, mas não na quantidade e na capacidade de reprodução de
marginais, como nos morros dessa capital. Por motivos óbvios.
Violência gera violência e a população crescendo em proporções geométrica, o Brasil está condenado a se transformar numa nova Venezuela.
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