Vargas Llhosa: "Na Venezuela existe um anacronismo radical"

O premio Nobel de Literatura, Mario Vargas Llosa, disse esta manhã em Caracas que “as eleições na Venezuela demonstram que as pessoas podem equivocar-se e retroceder", mas também, segundo eles as pessoas podem corrigir os seus erros.

No fórum sobre Latino América organizado pela Cedice, em seu 30º aniversário, esse escritor disse que na Venezuela existe "um anacronismo radical" e assinalou que "parece mentira que um país como Venezuela se tenha empenhado nesses 5 anos em alijar-se da modernidade". Durante sua intervenção questionou que o país "se empenhe em olhar na direção "de modelos catastróficos" como Cuba.

"Não creio que o socialismo esteja tão vivo e tão presente no mundo de hoje", acrescentou.

O papel das idéias na política de transformação econômica e social para criar riqueza e reduzir a pobreza Liberdade é o futuro: Esse fórum acontece hoje e amanhã no Teatro Encontro Internacional Chacao chamado América Latina. 

Numa entrevista assegurou que os rostos que representam agora a Venezuela não os do presidente Nicolás Maduro nem os de Diosdado Cabello, mas sim os de Leopoldo López, María Corina Machado e os estudantes anônimos que protestam nas ruas.

 “O que tem ocorrido na Venezuela (as manifestações) é um feito extraordinário. Pois tem causado emoção nos homens e mulheres em todo o mundo que crê na liberdade como princípio fundamental (...). Justamente na Venezuela à liberdade renasceu”, disse ele.

Alem disso, Vargas Llosa disse: Existem governos que sustentam que por tratar-se de um governo latino-americano é necessário manter a neutralidade: "No caso venezuelano é cumplicidade" com o que ocorre na Venezuela onde segundo ele, "há uma peste que pode estender-se por toda região (...). A utopia estatizante tende a ser expansiva".

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