Confesso que não gostaria de ficar batendo
diariamente na mesma tecla, ou seja, falando sempre das mesmas coisas que
reforçam a nossa condição de estado mais pobre da federação. Mas, nós os
comunicadores sociais não podemos agir como avestruz, que segundo a lenda,
enfia a cabeça na terra para não ver a realidade e o perigo.
O que eu gostaria mesmo era de esquecer as nossas
mazelas e destacar sempre às áreas que o estado do Piauí consegue se destacar
nacionalmente, como educação e saúde. Mas lamentavelmente, nos outros setores
este estado não consegue se destacar. E negar essa nossa realidade, não ajuda a
modificá-la.
Além do fraco desempenho dos nossos representantes
no Congresso Nacional e da pouca importância que é dada aos nossos governantes
pelo poder central, ainda pesa contra o estado do Piauí, o fato de este estado
não ter uma imprensa independente, o que contribuiria de maneira decisiva para
que os erros e a ineficiência administrativa fossem corrigidos e este estado
fosse tratado com o devido respeito que merece e fosse colocado nos trilhos do
desenvolvimento.
Mas, a nossa imprensa que servil e continuará sendo invertebrada e domesticada por movida pela cultura
rastejo, favorece a continuação de um
estado de coisas que entravam o crescimento e o desenvolvimento de um estado
potencialmente rico.
O estado do Piauí é conhecido nacionalmente como a
terra do amém, porque a imprensa piauiense prefere bajular ao invés de criticar
responsavelmente os governantes piauienses de modo a contribuir para que
deixemos de ser o último vagão da locomotiva chamada Brasil.
A imprensa piauiense vive de fazer agrados, mesuras e salamaleques para
os governantes de plantão. Isso é fato.
O piauiense consciente e independente deve se
rebelar e insurgir-se contra a mesmice, a falta de compromisso para com este
estado e o nosso complexo de cachorro vira-latas, que nos faz viver rastejando,
implorando favores e vivendo dos restos do banquete dos estados ricos. Até
quando?
A mesma imprensa que até momentos antes da eleição
que elegeu Wellington Dias governador do estado do Piauí, trabalhava
abertamente contra o candidato petista é a mesma que hoje de maneira nada sutil
emite sinais de agrado para o nosso futuro governante. É assim que a coisa
funciona no Piauí. A propósito: o então candidato Wellington Dias deixou de
participar de um debate nesta eleição, porque, segundo nota divulgada pelo PT,
esse debate seria de perguntas marcadas.
O jornalista e radialista piauiense é o menos
culpado nessa relação de subserviência que existe da mídia para com os
governantes de plantão, porque, para sobreviver eles tem que rezar na cartilha
do dono do jornal, rádio, televisão ou site. E em tempos bicudos ninguém tem vocação
para mártir ou herói.
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