terça-feira, 13 de janeiro de 2015

O PT apresenta fissuras na sua base

A manifestação pública da senadora Marta Suplicy (PT-SP) revelou a ponta de um iceberg de desavenças, de inconformidade, descontentamento e insatisfação que vem sendo gestadas dentro de um partido que aparentemente parecia monolítico. É óbvio que o que move essa senadora petista não é o interesse em ajudar o Partido dos Trabalhadores (PT) a fazer uma correção de rumo. Ocorre que Marta Suplicy está sendo rejeitada dentro do PT e isso lhe incomoda e fez com que ela irrefletidamente jogasse os podres do seu partido na rua.

A senadora Marta Suplicy elegeu o ministro chefe da Casa Civil, Aloísio Mercadante como seu principal adversário, a quem qualifica de arrogante, autoritário e hábil em trapalhadas - nessa guerra particular que ela começou a travar contra o governo federal. Além de Aloísio Mercadante, Marta Suplicy também não tolera o baiano Juca Ferreira que lhe substituiu no ministério da Cultura.  

Até aqui a voz de Marta Suplicy parece isolada, mas dentro do PT tem milhares de filiados que pensam como ela, mas que preferem tentar mudar o PT discutindo internamente os seus problemas. No que muitos petistas ouvidos concordam é que Marta Suplicy chutou o pau da barraca e essa sua atitude acabu criando uma situação insustentável para ambos os lados. Numa palavra, Marata Suplicy não tem mais ambiente dentro do PT.   

Embora não concorde com tudo o que a senadora Marta Suplicy disse sobre os rumos que o seu partido está tomando, num ponto eu sou obrigado a concordar com ela:  Quando ela afirma que se Dilma não respeitar a independência da equipe econômica "experiente e qualificada" o resultado será "desastroso" para o país. 

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