A manifestação pública da senadora Marta Suplicy (PT-SP) revelou a ponta de um iceberg
de desavenças, de inconformidade, descontentamento e insatisfação que
vem sendo gestadas dentro de um partido que aparentemente parecia
monolítico. É óbvio que o que move essa senadora petista não é o
interesse em ajudar o Partido dos Trabalhadores (PT) a fazer uma
correção de rumo. Ocorre que Marta Suplicy está sendo rejeitada dentro
do PT e isso lhe incomoda e fez com que ela irrefletidamente jogasse os
podres do seu partido na rua.
A
senadora Marta Suplicy elegeu o ministro chefe da Casa Civil, Aloísio
Mercadante como seu principal adversário, a quem qualifica de arrogante,
autoritário e hábil em trapalhadas - nessa guerra particular que ela
começou a travar contra o governo federal. Além de Aloísio Mercadante,
Marta Suplicy também não tolera o baiano Juca Ferreira que lhe
substituiu no ministério da Cultura.
Até
aqui a voz de Marta Suplicy parece isolada, mas dentro do PT tem
milhares de filiados que pensam como ela, mas que preferem tentar mudar o
PT discutindo internamente os seus problemas. No que muitos petistas
ouvidos concordam é que Marta Suplicy chutou o pau da barraca e essa sua
atitude acabu criando uma situação insustentável para ambos os lados.
Numa palavra, Marata Suplicy não tem mais ambiente dentro do PT.
Embora
não concorde com tudo o que a senadora Marta Suplicy disse sobre os
rumos que o seu partido está tomando, num ponto eu sou obrigado a
concordar com ela: Quando
ela afirma que se Dilma não respeitar a independência da equipe
econômica "experiente e qualificada" o resultado será "desastroso" para o
país.
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