Fica cada vez mais
evidente que não faz mais sentido buscar explicações singulares para as
crises que surgem pelo mundo afora. O leitor deve se lembrar de que o México
quase se desintegrou porque o seu sistema político estava superado, que a
antiga URSS ruiu pelo esgotamento de um sistema político que foi esclerosado
por uma estrutura burocrática que desvirtuou um sistema político nos seus
primórdios vitorioso em grande parte do Leste Europeu, porque em contraposição
ao sistema capitalista, pregava a construção do comunismo, uma sociedade sem
classes sociais, onde o homem viveria livre das pressões do sistema capitalista
que transforma o homem em coisa, em mercadoria e sujeito as leis de mercado. O
Brasil caminha celeremente para uma situação semelhante a dos países citados
acima.
Assim como o
México, a ex-URSS e mais recentemente a Grécia, o Brasil vive um momento
particularmente difícil porque de uma hora para outra se viu mergulhado num
turbilhão de escândalos e numa crise econômica e financeira que se nada for
feito no sentido de livrá-lo dessa onda gigante de problemas, este país acabará
sendo engolfado por uma crise sem precedente na sua história e onde todos serão
vitimados.
Diante desse
momento muito complicado (complexo) da vida nacional sugiro aos nossos
dirigentes e aos partidos a criação de um pacto inspirado no Pacto de Moncloa
que conseguiu colocar numa mesma mesa todos os presidentes de partidos
políticos, chegando a um consenso histórico sobre todos os assuntos que
afetavam a Espanha e sobre todas às reformas necessárias (sendo as principais
as reformas fiscal, previdenciária, jurídica e política) de maneira que
prevalecesse o conteúdo que fosse de maior interesse para o país e para seus
cidadãos.
Mas antes é
preciso que a presidenta Dilma Rousseff busque desarmar os espíritos de modo a
que todos os representantes dos partidos políticos e as autoridades
governamentais se sentem em volta de uma mesa para discutir um pacto de
salvação nacional.
O Brasil atravessa um momento de extrema gravidade do qual ninguém se salvará individualmente. Ou nos salvaremos todos ou seremos todos levados de roldão por uma crise de natureza econômico financeira, moral, ética e política. Não necessariamente nesta ordem.
Joachim Arouche
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