quarta-feira, 15 de abril de 2015

A arte de enganar



“Marketing político: a arte de enganar sem que o responsável pela indução ao erro seja responsabilizado pelos seus atos.” (Tomazia Arouche).

Já passado quase seis meses da eleição que reconduziu Dilma Rousseff ao cargo de presidenta da república é hora de fazermos uma avaliação sobre o papel do consultor político (marqueteiro) na campanha da candidata do Partido dos Trabalhadores (PT) e de outras campanhas estaduais, como a do ex-governador Zé Filho, no estado do Piauí.

O marqueteiro como é mais conhecido os publicitários no Brasil, com o advento da televisão, passaram a desempenhar um papel relevante e até decisivo em algumas eleições, porque esse tipo de profissional transforma o candidato numa mercadoria que tem na sua embalagem, o seu principal atrativo. Os homens que cuidam da imagem dos políticos na TV manipulam a imagem dos seus clientes e conseguem transformar a política num negócio onde a imagem é o produto principal.

O marqueteiro João Saldanha conseguiu reverter um quadro que sugeria que a vitória da candidata do PT estava ameaçada, por razões óbvias demais e que por isso não merece uma análise aprofundada. E como esse profissional conseguiu esse milagre? Não tendo nenhum pudor em prometer ao povo brasileiro, o que a sua cliente não poderia cumprir, como por exemplo, não fazer nada que viesse a prejudicar o trabalhador deste país. E como ironia, as primeiras medidas do ajuste fiscal anunciadas pelo ainda futuro ministro da fazenda, o economista Joaquim Levy foram direcionadas contra o trabalhador.

Com base numa vitória onde a mentira prevaleceu, a oposição vem classificando a vitória de Dilma Rousseff como estelionato eleitoral, um jogo baixo, porque todos os candidatos são treinados, orientados e conduzidos por consultores políticos, o que reduz a gritaria dos tucanos em reclamação de perdedor. É que todos os consultores políticos não trabalham com bons sentimentos.

No Piauí na eleição de 2014, o coordenador de comunicação do governador Zé Filho colocou na cabeça do então candidato à reeleição que com a contratação do escritório do também baiano Duda Mendonça a vitória do governador seria favas contadas. E o resultado foi um verdadeiro desastre, porque Duda mandou para o Piauí um aprendiz de feiticeiro, cuja grande criação foi à figura do Zé. “Eu sou o Zé”. Como que para Zé Filho se identificar com os Zé Roberto, Zé Raimundo, Zé das Coves, Zé Bonifácio, Zé Mundico, Zé Antônio e etc. É claro que Robson Braga não tem a competência de Duda Mendonça e João Santana.

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