“Marketing político: a arte de enganar sem que o
responsável pela indução ao erro seja responsabilizado pelos seus atos.” (Tomazia Arouche).
Já passado quase seis meses da eleição que reconduziu
Dilma Rousseff ao cargo de presidenta da república é hora de fazermos uma
avaliação sobre o papel do consultor político (marqueteiro) na campanha da
candidata do Partido dos Trabalhadores (PT) e de outras campanhas estaduais,
como a do ex-governador Zé Filho, no estado do Piauí.
O marqueteiro como é mais conhecido os publicitários no
Brasil, com o advento da televisão, passaram a desempenhar um papel relevante e
até decisivo em algumas eleições, porque esse tipo de profissional transforma o
candidato numa mercadoria que tem na sua embalagem, o seu principal atrativo.
Os homens que cuidam da imagem dos políticos na TV manipulam a imagem dos seus
clientes e conseguem transformar a política num negócio onde a imagem é o
produto principal.
O marqueteiro João Saldanha conseguiu reverter um quadro
que sugeria que a vitória da candidata do PT estava ameaçada, por razões óbvias
demais e que por isso não merece uma análise aprofundada. E como esse
profissional conseguiu esse milagre? Não tendo nenhum pudor em prometer ao povo
brasileiro, o que a sua cliente não poderia cumprir, como por exemplo, não
fazer nada que viesse a prejudicar o trabalhador deste país. E como ironia, as
primeiras medidas do ajuste fiscal anunciadas pelo ainda futuro ministro da fazenda,
o economista Joaquim Levy foram direcionadas contra o trabalhador.
Com base numa vitória onde a mentira prevaleceu, a
oposição vem classificando a vitória de Dilma Rousseff como estelionato
eleitoral, um jogo baixo, porque todos os candidatos são treinados, orientados
e conduzidos por consultores políticos, o que reduz a gritaria dos tucanos em
reclamação de perdedor. É que todos os consultores políticos não trabalham com
bons sentimentos.
No Piauí na eleição de 2014, o coordenador de
comunicação do governador Zé Filho colocou na cabeça do então candidato à
reeleição que com a contratação do escritório do também baiano Duda Mendonça a vitória
do governador seria favas contadas. E o resultado foi um verdadeiro desastre,
porque Duda mandou para o Piauí um aprendiz de feiticeiro, cuja grande criação
foi à figura do Zé. “Eu sou o Zé”. Como que para Zé Filho se identificar com os
Zé Roberto, Zé Raimundo, Zé das Coves, Zé Bonifácio, Zé Mundico, Zé Antônio e
etc. É claro que Robson Braga não tem a competência de Duda Mendonça e João
Santana.
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