Nós
estamos vivendo um momento muito importante da nossa história política, haja
vista, o Congresso Nacional estar preparando uma reforma política, um dos
maiores anseios da sociedade brasileira, que vê nessa reforma, a solução para a
maioria dos nossos problemas. O fim da reeleição deverá encabeçar o projeto de
reforma política, pois, segundo a opinião pública, o instituto da reeleição
está na raiz de todos os problemas brasileiros.
O
fim do voto obrigatório deveria vir em segundo plano, porque, o voto
obrigatório não combina com democracia, mas pelo que insinua o relator desse
projeto de reforma política, o deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI) o voto
obrigatório deverá continuar, porque, na opinião dos nossos parlamentares, o povo
brasileiro sem a obrigação de votar não comparecerá às urnas. Uma alegação que
não justifica a ausência do fim do voto obrigatório nesse projeto, porque se
nas eleições passadas o eleitor votou nulo e em branco é porque ele não se
sentiu representado nas duas casas do Congresso nas legislaturas anteriores.
Esse
deputado piauiense poderia fazer história ao fazer constar do seu relatório o
fim do voto obrigatório e ele mesmo deveria defender em plenário um projeto que
entre outras coisas revelaria a nossa maturidade política e o amadurecimento da
democracia brasileira.
O
congressista brasileiro não está nem um pouco interessado em fazer história,
mas em garantir os meios necessários para a sua reeleição. Esse é o típico caso
de legislar em causa própria.
Um
político em fim de carreira, como o deputado federal Marcelo Castro, deveria
deixar o seu nome na história do país por ter sido o responsável pelo fim do
voto obrigatório, uma verdadeira excrescência, uma prática bem característica
das republiquetas de banana. Embora o Brasil seja um país de dimensão
continental, no que tange à política, está mais para países da América Central
do que um EUA.
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