Para um país dividido e que convive desde o ano passado
com uma grave crise financeira e que desaguou numa crise política, só há uma
saída possível: a formação de um pacto que reúna todas as forças vivas da
nação, começando pelo espectro político. Um pacto que reconcilie a nação, para
que o país supere uma crise que se não for debelada a tempo, ninguém conseguirá
sobreviver a ela.
Mas esse pacto capaz de reconciliar a nação consigo
mesma que eu proponho, dificilmente será formado, haja vista, as forças
antagônicas que estão sendo impotentes para resolver essas duas crises, mas
potentes para acirrar ainda mais os ânimos e com isso piorar uma situação já
bastante grave. É que se por um lado o governo e o que ainda resta da base
aliada tenta sobreviver a essa terrível crise apostando na austeridade, por
outro lado à oposição aposta no quanto pior melhor, para derrotar o Partido dos
Trabalhadores (PT) na justiça no curto prazo ou nas urnas daqui a três anos e
meio.
O deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), no dia 17/05
surpreendeu o país no programa Painel da Globo News ao adotar uma posição
conciliadora, quase um chamamento ao bom senso, ao defender o ajuste fiscal,
sem o qual este país caminhará inexoravelmente para uma situação de
ingovernabilidade, qualquer que seja o partido que esteja no poder.
A presidenta Dilma Rousseff num gesto de grandeza,
humildade e de amor ao povo brasileiro, deve tomar a iniciativa de convocar as
forças vivas da nação: os partidos políticos, a CNBB, o MCCE, a OAB e o
movimento sindical independente para juntos discutirem uma saída capaz de
aclamar essa turbulência que o país está vivendo.
O governo deve convocar a nação e apresentar uma agenda
para ser discutida com a sociedade. Uma agenda que reúna espíritos desarmados e
dispostos a servir ao país.
O momento que o Brasil atravessa não comporta ambições
pessoais, superegos e políticos salvadores da pátria, porque um projeto de
salvação nacional deve reunir gregos e troianos e patriotas.
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