As nossas elites são responsáveis pelo aumento das
desigualdades sociais, principalmente nos países periféricos, onde as elites
foram geradas num ambiente de verdadeiro apartheid
social, onde os pobres não passam de pessoas que existem para servir
incondicionalmente ao ricos e poderosos em troca de pedaços de pão e restos dos
banquetes fartos daqueles que não aceitam perder privilégios e conviver com o crescimento
social e econômico das camadas sociais que vem de baixo.
Nos países desenvolvidos às desigualdades sociais vem
sendo reduzidas nos dois últimos séculos, porque os governos investem na
criação de oportunidades iguais para todos, que se dá na forma da educação de
qualidade para todos.
Países como o Brasil e o México são exemplos de países
que nas últimas décadas apresentaram relativo crescimento econômico, mas sem
desenvolvimento, sem que esse crescimento possibilitasse a ascensão social das
camadas mais pobres da população, o que ao invés de reduzir o fosso que separa
a elite econômica dos pobres, muito pelo contrário, faz subir ainda mais o muro
que separa os privilegiados dos despossuídos.
O Brasil e o México diferentemente dos países da Europa
que reduziram à pobreza e a distância entre ricos pobres ao privilegiarem as
suas elites, fez explodir uma violência que faz com que esses dois países vivam
em estado de guerra permanente.
Os programas sociais aplicados no Brasil e que deveriam
funcionar como elementos do Estado do Bem Estar Social, como acontece na
Europa, cá entre nós, tem um caráter clientelista, assistencialista e
paternalista e são usados como moedas de troca pelo partido que está no poder
para ganhar eleições. Foi assim com o programa Bolsa Escola dos governos
tucanos e está sendo agora com o programa Bolsa Família dos governos
petistas.
As elites brasileiras têm os pés na casa grande e são do
tipo que crescem sozinhas e vão deixando para trás os descamisados e os
párias.
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