Com a decretação do fim do emprego formal determinado
pela automação e a robotização do trabalho, o que nós estamos presenciando é o
crescimento do trabalho parcial, precário, da terceirização, da informalidade e
do serviço temporário. O serviço temporário, que a grande imprensa festeja todo
final de ano como se fosse algo extraordinário.
Os sucessivos governos do Partido dos Trabalhadores (PT)
ao invés de contrariar a lógica do capitalismo recente, que prefere os lucros
extraordinários em prejuízo da classe trabalhadora, sobretudo, do trabalhador
sem qualificação profissional, radicalizaram no liberalismo econômico.
A cada novo dia nos deparamos com mais notícias ruins
sobre o desemprego encabeçando as manchetes dos telejornais, jornais impressos
e sites de notícias. O desemprego que os economistas atribuem às “políticas
equivocadas” do Governo Federal. O que é apenas uma meia verdade, porque além
das políticas erradas adotadas pelo primeiro e o segundo governo Dilma
Rousseff, existe a troca do homem pela máquina.
A troca do homem pela máquina é muito fácil de ser
entendida: é que com a utilização da máquina pelo empresário, acontece uma
desoneração automática, ou seja, o empresário reduz a sua folha de pagamento ao
demitir funcionários (substituídos pela máquina), deixa de pagar 13º salário,
de recolher INSS e PIS. Tudo isso é feito com vistas a aumentar os lucros do
empresário, sem levar em conta o problema social criado pelo desemprego.
Enquanto acontece essa revolução no mercado de trabalho,
a população continua crescendo e com isso, além do emprego - o estado ainda
precisa investir na construção de novas escolas, creches e hospitais. Sem uma
redução drástica da população, o que veremos é o aumento da violência e o
crescimento do Exército dos desvalidos, dos despossuídos e os esquecidos pelo
sistema. Ai acontece a guerra inevitável. Nós estamos vivendo uma guerra
particular. A contradição nesse caso reside no aumento da população e no fim do
emprego.
por Joachim
Arouche
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