O homem ao contrário do que pregam as religiões é um ser
solto no mundo, jogado e entregue à sua própria sorte e sem poder contar com a
proteção de outro, sobretudo de um ser sobrenatural capaz de mudar o rumo da
sua vida como num passe de mágica. Certo hino religioso recomenda: “Segura nas
mãos de Deus e vai”. Na vida real a mão estendida do sobrenatural não existe.
Em alguns casos, o homem conta com um o apoio eventual
de outro homem, mas de maneira provisória e sem o compromisso de que a proteção
seja permanente.
O homem é um ser individual, desde que foi parido. Ao
ser jogado no oco do mundo ele tem que aprender a caminhar com as suas próprias
pernas e sem muletas para apoiá-los. Quando criança, os pais tem a responsabilidade
de preparar de maneira muito realista o seu filho, para viver a sua grande
aventura e experiência individual, mas sem exceder na proteção ou superproteção.
Quando o filho é superprotegido pelos pais, ele nunca
conseguirá adquirir a maturidade e a segurança necessárias para enfrentar um
mundo sem rede de proteção, sem paraquedas, sem mascaras de oxigênio e sem
boias salva vidas. A sua vida ou morte nesse teatro do absurdo, onde cada um
representa o seu papel, dependerá exclusivamente de cada um.
O ser humano é
individual por natureza e diz certo pensamento que a “a superproteção
desprotege” e isso é fato. Essa é uma verdade universal e inquestionável. É que
o homem ao se sentir superprotegido, não ousa, não arrisca e nem assume
responsabilidades, inclusive consigo próprio.
por Tomazia
Arouche
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