O ateísmo ainda é um tema tabu num mundo de religiões monoteístas (islamismo, cristianismo, judaísmo e zoroastrismo) tão presentes. A divindade nas religiões monoteístas é onipotente, onisciente
e onipresente, não deixando de lado nenhum dos aspectos da vida terrena. Essas religiões
professam suas crenças no sobrenatural, no divino, num Deus singular e único.
O meu amigo ateu e o meu maior amigo entre todos os que
já tive e tenho é uma pessoa singular, do tipo que não encontramos a todo o
momento. Esse meu amigo tem nome: José Barreto de Negreiros, um piauiense,
nascido no município de São Raimundo Nonato, um ex-funcionário do Banco do
Brasil.
Zezinho Barreto, para os íntimos, é uma pessoa que vive de
acordo com o que pensa. Ele que já foi católico praticante (na adolescência) e
que abandonou essa religião ao descobrir nela muitas contradições, mentiras segue a filosofia que prega a vida
simples, um tipo de vida que elimina o supérfluo e não tem apego a nada.
Eu e esse meu amigo ateu morávamos na mesma cidade e
semanalmente a gente se encontrava uma ou duas vezes, invariavelmente para
discutirmos política e religião. Através desses encontros, quase diários, eu
acabei me convertendo ao ateísmo, pelas
mesmas razões que o levaram. A alta
capacidade de convencimento de Barreto aliada a sua vida integra, solidária e
fraterna fez de mim um homem que não crê na existência de Deus.
“Adão e Eva podiam não pecar, pois foram criados livres,
mas preferiram o vício à virtude. Assim pode-se pedir-lhes prestação de contas.
Até mesmo fazê-lo pagar. E Deus não deixa de fazê-lo, condenando-os, eles e os
seus descendentes, ao pudor, à vergonha, ao trabalho, ao parto com dor, ao
sofrimento, ao envelhecimento, à submissão das mulheres aos homens, à
dificuldade de toda intersubjetividade sexuada”.
A religião criou o medo como uma forma de convencimento de
potenciais seguidores de um ser sobrenatural criado para que com os seus supostos
poderes submetesse o homem ao poder terreno, o poder dos homens ricos e poderosos.
Zezinho Barreto é um homem que nunca tolerou e sempre se
insurgiu contra o embuste, a mentira, o medo fabricado e a embromação.
Dignidade e integridade tem nome: José Barreto de Negreiros
Siga no Twitter, no Facebook e no Portalaz ao blog Dom Severino
Dignidade e integridade tem nome: José Barreto de Negreiros
Siga no Twitter, no Facebook e no Portalaz ao blog Dom Severino
Nenhum comentário:
Postar um comentário