Costuma-se dizer que a corrupção no Brasil
foi introduzida pelos passageiros das caravelas comandadas por Pedro
Alvares Cabral, o navegador português que se perdeu no caminho para as
Índias e acabou dando em terras brasileiras.
Ocorre que os portugueses, para conquistarem os primitivos habitantes da terra brasilis, apelaram para a corrupção ao trocarem bugigangas, por aceitação, acolhimento e o mapa da mina.
De lá pra cá, a Lei da Vantagem ou Lei do
Gerson se transformaram numa cultura que se impõe pela nossa não
observância de princípios morais, éticos e pela certeza de que a
impunidade acaba sempre prevalecendo. Desde, é claro, que o corruptor e o
corrupto reúnam condições para contratar as melhores bancas de
advocacia criminal do país.
É voz corrente na sociedade brasileira a afirmação de que no Brasil condenação e cadeia só existe para negro, prostituta e pobre.
É verdade que essa lógica cretina sofreu nos últimos tempos duas
fragorosas derrotas: com os julgamentos do Mensalão e do Petrolão.
No Brasil, observando as honrosas
exceções, a maioria dos nossos homens públicos não são confiáveis. Eu,
por exemplo, conheço poucos homens públicos probos.
Com o aparecimento de homens como Joaquim Barbosa, Sérgio Moro, Deltan Dallagnol (foto)
e Rodrigo Janot, é possível se acreditar na construção de um país
minimamente decente, porque a atuação desses brasileiros, espera-se que,
possa ter um efeito pedagógico.
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