“Não admitimos que o pessoal do PMDB faça conosco o que o PT fez com eles. Estamos há quase 14 anos na oposição. E não chegamos até aqui para fazer esse papel. Esse tipo de coalizão fisiológica está falido. Se repetir o modelo, Temer começa muito mal.”, diz o líder do PSDB no Senado, o senador Cássio Cunha Lima
Se o
PSDB apoiar incondicionalmente o PMDB e participar de um eventual governo Temer
se comprometerá com os malfeitos pretéritos e futuros do partido de Temer é
Jucá.
Seria
muita ingenuidade de parte das lideranças tucanas, aceitar serem cooptadas
pelos peemedebistas. O PSDB que é o maior partido de oposição, não pode ir a
reboque do PMDB, sob pena de ver o cavalo passar selado e não montá-lo.
O PSDB já
cometeu um grave erro que foi apoiar a tese do impeachment, faltando um pouco mais de dois anos, para o fim do
mandato da presidenta Dilma Rousseff que mesmo que conseguisse recuperar a
economia até o fim do seu mandato, o seu partido não teria nenhuma condição moral
e ética para apresentar um candidato à sucessão presidencial em 2018.
Os
tucanos se tivessem usado o bom senso ao invés apoiar essa aventura
peemedebista, teriam procurado ajudar o governo a realizar reformas
urgentes, necessárias e inadiáveis. Ao fim do ajuste fiscal e com a aprovação
da recriação da CPMF, o PSDB apareceria muito bem fita, por ter feito uma opção
pelo país na hora de votar leis e emendas à Constituição, impopulares, sem
as quais este país não sairá do atoleiro em que se encontra mergulhado.
Se os
tucanos optarem por serem forças auxiliares do PMDB, o partido de Aécio, FHC e
Geraldo Alckmin se tornarão corresponsáveis pela continuação do desastre.
Continuação do desastre, sim, porque o Brasil não saíra desse buraco profundo
em que foi colocado sem um pacto ou uma concertação nacional.
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