sábado, 23 de abril de 2016

O PMDB será obrigado a adotar medidas impopulares

O PMDB será obrigado a adotar medidas impopulares. E como o tempo é curto, é pouco provável que o PMDB sobreviva após o seu mandato

Um eventual governo Temer estará fadado ao fracasso, porque não contará com o apoio, nem do PSDB e muito menos do Partido dos Trabalhadores (PT). Um eventual governo do PMDB vai ter que fazer as reformas necessárias e adotar medidas impopulares, como a recriação da CPMF que melhorará o fluxo de caixa do governo.

O PSDB que se nega a ceder alguns dos seus quadros, como Armínio Fraga, Henrique Meireles e Marcos Lisboa ao PMDB num eventual governo Temer, votará com um futuro governo do PMDB leis e emendas à Constituição que são impopulares, mas necessárias. E quem fica com o ônus da impopularidade é o partido do governo.

Os tucanos, por puro pragmatismo, sabem que se o PMDB for bem sucedido no período de transição, a sua chance de eleger o seu candidato em 2018 é quase nula. É com base nessa avaliação que o PSDB poderá votar pontualmente com o governo do PMDB, mas não participará do governo.

Os peemedebistas se enganam quando pensam que o apoio que estão recebendo na votação do impedimento da presidenta Dilma Rousseff, continuará após o desfecho desse caso, porque o PSDB alimenta o sonho de voltar à presidência em 2018 e qualquer coisa que desgaste a imagem desse partido será prejudicial ao projeto político de Aécio, Serra e Alckmin.  

Correndo por fora nessa disputa sucessória que já começou, aparece o partido Rede de Sustentabilidade, um partido que tem uma candidata que já larga na frente, porque tem mais de 20% de votos cativos do eleitorado brasileiro. E numa disputa onde o PT não tem a menor chance de ser bem sucedido, os petistas optaraão pelo voto útil, ou seja, descarregando os seus votos em Marina Silva. É que o petista não vota em tucano e peemedebista. Nesse caso, eleitor que se identifica com o PT votará na candidata da Rede, pelo passado e a origem dessa pré-candidata. Quem viver verá!

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