sexta-feira, 22 de abril de 2016

O PMDB não tem legitimidade para governar


O PMDB de Michel Temer se distancia do Partido dos Trabalhadores (PT), mas não se afasta da Operação Lava Jato. O relator da Lava Jato, Teori Zavascki já quebrou o sigilo sobre a lista do núcleo político do caso, e anunciou a abertura de inquérito contra 54 envolvidos na Corrupção da Petrobras. A maioria dos nomes já havia vazado na imprensa, como é o caso dos peemedebistas Eduardo Cunha, Renan Calheiros e Edison Lobão. O vice-presidente do PMDB, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) também da lista do PGR, Rodrigo Janot.   
  
Eu poderia elencar aqui, mais de uma dezena de motivos, para justificar a não legitimidade do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) para assumir o governo em substituição ao Partido dos Trabalhadores (PT), mas me limito a citar apenas um: a participação do PMDB nos dois governos da presidenta Dilma Rousseff.

No segundo governo da presidenta Dilma Rousseff, o PMDB participa com o vice-presidente Michel Temer, sete ministérios e mais de 600 cargos no primeiro e segundo escalões. Como pretender o PMDB se apresentar ao país como uma alterativa ao governo do PT, já que participa desse governo com o vice-presidente, vários ministros e centenas de cargos? Isso tem nome: cinismo explicito.

Lula é quem mais torce para que Dilma Rousseff, não apresente uma emenda à Constituição propondo a redução do seu mandato, o que impediria o PMDB de assumir o governo e Temer de fazer às reformas necessárias para tirar o país do atoleiro em que se encontra. Reformas essas que a sociedade brasileira não aceita e que produzirão grande desgaste ao partido que deseje implementá-las. Lula quer que Temer assuma o governo e se desgaste para que ele volte em 2018.

A CPMF, que é uma das formas de se resolver a crise no país, e metade do tributo vai ser destinado a Estados e municípios, a fim de direcionar o valor para a saúde, conforme prevê o Orçamento, a expectativa do Governo é de que com a volta da CPMF seja possível arrecadar mais de R$ 10 bilhões em 2016, caso seja apresentada como uma ajuda substancial para resolver os problemas de caixa do futuro governo, se aprovada sob Temer desgastarão o seu eventual governo.
 
O líder do DEM, o deputado Mendonça Filho (DEM-PE) sempre foi contra esse imposto e sobre ele afirmou: “sou contra a medida e não acredito que ele seja aprovado em tempo algum. Mendonça Filho que é um dos líderes do movimento pelo impeachment de Dilma Rousseff e um dos aliados de Temer e Aécio.

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