segunda-feira, 4 de julho de 2016

Temer vive um grande dilema



Temer ao lado de Cunha parece bastante apreensivo 

A relação entre Temer e Cunha caminha para um abraço de afogados.
 
A ida do deputado federal afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ao encontro do presidente provisório Michel Temer no Palácio do Jaburu, não foi para discutir os destinos do país e tão pouco, uma visita de um amigo, mas, para cobrar fidelidade do presidente provisório e do seu partido, o PMDB.

Cunha reluta em renunciar ao seu mandato, porque ainda alimenta esperança de que um esforço do governo e do PMDB poderá salvá-lo da guilhotina. Ocorre que o governo Temer, além de ser provisório não tem moral suficiente para interceder a favor de Cunha, junto a quem poderá pelo menos adiar o seu calvário.  

Que Temer e o PMDB se comprometeram com Eduardo Cunha ao serem favorecidos por ele, quando do afastamento da presidenta Dilma do poder, isso todo mundo sabe, porque esse parlamentar fluminense foi quem provocou à queda de Dilma Rousseff ao receber o seu pedido de impeachment. Além disso, Cunha sabe muito dos segredos do PMDB e do próprio presidente interino. 

Um presidente da república, ainda mais interino, não recebe em sua residência, um político mais sujo do que pau de galinheiro se o político em questão - não for alguém muito poderoso e que represente uma séria ameaça ao governo. 

O dilema de Temer reside no fato de ele não saber que decisão tomar; se rompe com Cunha, um arquivo ambulante e que se for aberto provocará um terremoto no governo ou se envida esforços no sentido de salvar o seu companheiro de partido e sócio no governo, porque poderá perder o pouco que ainda lhe resta de credibilidade junto à população brasileira. É aquela velha história que diz: "Se correr o bicho pega se ficar o bicho come".

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