A
violência nossa de cada dia
De tanto o brasileiro conviver com a violência em todos os
níveis e em todas as classes sociais, a barbárie cá entre nós, já está sendo
encarada com preocupante naturalidade, sobretudo, nas classes sociais B, C e D,
onde os índices da violência são maiores e já fazem parte do cotidiano das
pessoas.
Uma barbárie que não poupa ninguém e que está presente,
até mesmo em lugares onde o sujeito vai para se divertir, como nos estádios de
futebol, danceterias e clubes populares.
Se em lugares onde o cidadão vai para se divertir ocorrem
violências, como as verificadas no dia de ontem, entre as torcidas do Sporte
Clube Recife e Santa Cruz Esporte Clube, que dirá fora desse ambiente!
Agora, pior do que a violência que se verifica em todo o
país é a naturalidade como o povo brasileiro encara as cenas de violência. Uma
naturalidade absurda que também vem se verificando com relação aos corruptos e
a corrupção.
O povo brasileiro, para pelo menos reduzir essa violência
que já adquiriu sintomas de endemia, precisa se insurgir contra essa barbárie,
contra essa naturalidade e contra as autoridades que tem o dever de zelar pela
segurança das pessoas.
No Brasil costuma-se dizer que prisão só existe para pobre, negro e prostituta.
No Brasil costuma-se dizer que prisão só existe para pobre, negro e prostituta.
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