No dia de hoje, os três podres da república brasileira estarão
reunidos em Brasília (DF), para discutir segurança pública. O melhor seria discutir
a nossa ‘insegurança pública’ que começa no andar de cima e espraia-se por toda
nação. É que ninguém confia nos nossos “representantes”. Por andar de cima, entenda-se:
os três poderes.
O povo brasileiro anda ressabiado com a sua classe
dirigente, o que se constata pelo número de votos bancos, nulos e abstenções
verificados a cada nova eleição. Ouso afirmar que se o voto no Brasil fosse
facultativo, a maioria dos eleitores brasileiros deixaria de votar, por desencanto
com os políticos brasileiros.
Também pudera, com o
mar de lama que tomou conta do país nas últimas três décadas, o brasileiro
consciente não se sente em nenhum momento motivado para praticar o exercício da
cidadania - que se realiza através do voto.
No Brasil profundo e nos grotões, o eleitor não vende o
seu voto, ele troca-o por uma vantagem qualquer. Uma dentadura, por exemplo. Ele
pratica o toma lá dá cá na campanha eleitoral. E muitos justificam essa troca,
como sendo um desencargo de consciência, ou seja, ele troca seu voto e também
não alimenta esperança quanto aos seus “representantes”. Dessa forma, o político
eleito não tem compromisso comigo e eu não alimento ilusões quanto ao seu interesse
em defender minhas causas.
Só os hipócritas não admitem o escambo na política
nacional. Não por culpa do eleitor, é claro, mas por culpa daqueles em quem deveria
confiar plenamente: o político eleito para o Poder Executivo ou Legislativo.
O eleitor brasileiro é um eleitor abandonado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário