A situação de Temer é quase
insustentável. A situação do atual governo é deveras periclitante e
extremamente grave
No Brasil, a amizade e o
parentesco substituem o mérito. O exemplo mais recente dessa nossa inversão de
valores nos é dado pelo governo do presidente da república Michel Temer, que
tem no que se convencionou de chamar de núcleo duro do seu governo, a sua mais
perfeita tradução: os ex-ministros Geddel Vieira Lima, Romero Jucá e os
ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco que ocuparam e ocupam os mais
importantes cargos no atual governo, não por serem técnicos renomados, mas por
serem amigos de Temer há mais de três décadas.
Geddel Vieira Lima por se sentir íntimo do
presidente Temer e por se considerar até então um intocável desse governo,
acabou cometendo suicídio político, por excesso de confiança e por se
considerar muito necessário e imprescindível.
Quando um governante ignora a importância do mérito
e prioriza a amizade e o parentesco, acontece, via de regra, o que está
acontecendo com o governo de Michel Temer que desde que começou vem sendo
abalado por uma sucessão de escândalos protagonizados por amigos e
correligionários políticos.
Num espaço de seis meses, cinco ministros já foram
obrigados a pedir demissão para não comprometer a figura do presidente, todos
eles sob suspeitas de comportamentos inconvenientes, para quem ocupa cargos de
tamanha importância e relevância.
A demissão do ex-ministro Geddel Vieira,
considerado um dos mais próximos colaboradores de Temer, provocou uma crise no
governo do PMDB capaz de provocar o afastamento de Michel Temer do governo, sob
a acusação de cometer crime de responsabilidade – Lei 1.079/1950, artigo 9º.
como pretende denunciá-lo, o PSOL que acaba de protocolar na Câmara Federal um
pedido de impeachment contra o
presidente da república.
A situação do governo Temer é de extrema gravidade
e segundo alguns analistas políticos, quanto mais o presidente e os seus
aliados defendem o governo, mais a situação se agrava, como por exemplo, a
manifestação de apoio do senador Aécio Neves ao governo, quando classificou
como indigna a gravação dos telefonemas do presidente feitos pelo ex-ministro
da Cultura, Marcelo Calero. Ao contrário do que pensa Aécio Neves, o povo
brasileiro vê como um ato de patriotismo e heroísmo a atitude desse ex-ministro
que não permitiu que o interesse privado de Geddel Vieira Lima prevalecesse
sobre o interesse público e com o seu gesto fortaleceu o IPHAN.
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