O
maior problema brasileiro é o parlamento. É óbvio que o problema brasileiro não
se restringe só ao Poder Legislativo.
O Poder Legislativo brasileiro, além de não trabalhar em
prol da sociedade brasileira, ainda funciona como um entrave para o governo,
uma vez que esse poder legislador e fiscalizador, só funciona na base do toma
lá dá cá ou do é dando que se recebe. Uma fisiologia política copiada da Oração
de São Francisco de Assis: “É dando que se recebe”, proclamou o ex-deputado
Roberto Cardoso Alves, o Robertão, durante a Constituinte, ao estimular Sarney
a distribuir cargos e emissoras de rádio em troca de mais um ano de mandato.
Num país onde existe presidencialismo de coalizão, os
governantes tornam-se reféns dos partidos e dos parlamentares, que só apoiam e
votam com o governo, mediante a troca de votos por cargos e sinecuras. A coalizão
refere-se a acordos entre partidos (normalmente com vistas a ocupar cargos no
governo) e alianças entre forças políticas (dificilmente em torno de ideias ou
programas) para alcançar determinados objetivos.
Em sistemas multipartidários, nos quais há mais do que
dois partidos disputando eleições e ocupando cadeiras no Congresso Nacional,
dificilmente o partido do presidente possuirá ampla maioria no parlamento para
aprovar seus projetos e implementar suas políticas. Isso obriga, via de regra,
o governo a ceder às pressões e injunções dos partidos e parlamentares.
A liberação de emendas parlamentares é o instrumento mais
usado pelo Palácio do Planalto, para convencer parlamentares a votar leis de
interesse do governo.
No Brasil ninguém é patriota, ninguém pensa o país e cada um
dos brasileiros se vira como pode. A cultura da esperteza e da malandragem permeia
toda sociedade brasileira e prevalece sobre a ética e a moral.
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