“O
Poder Legislativo é uma instituição que existe para administrar os interesses
da sua comunidade - e o prefeito é um gestor público, o que significa dizer que
a prefeitura não é uma propriedade particular, cujo dono toma decisões sem
precisar obedecer às leis, às normas e os regimentos que balizam e norteiam a
administração pública. O poder Legislativo que em tese é um poder fiscalizador,
criador e aprovador de leis, esse não existe”. (Tomazia Arouche)
No Brasil, sobretudo na região Nordeste, a meritocracia é
um palavrão. Isso quer dizer que o critério usado pelos governantes para a
escolha dos seus assessores é meramente político, sem levar em consideração à
qualificação profissional e o preparo intelectual da pessoa escolhida.
O gestor público nordestino, com raríssimas exceções, lota
a prefeitura de parentes e quando a coisa ameaça descambar para o nepotismo
explicito, o prefeito de determinado município pratica aquilo que se
convencionou chamar de nepotismo cruzado,
ou seja, o prefeito A emprega um parente do prefeito B e vice-versa.
Essa prática não é uma exclusividade da região Nordeste,
mas é nesta parte do país que isso ocorre com mais frequência, porque a lei
aqui por estas bandas é muito mais frouxa, ou seja, o poder político se impõe
sobre os demais poderes e o Ministério Público só age quando provocado.
Na região Nordeste é muito comum o interesse político se
misturar com interesse da parentela ou relativo à amizade. É que tudo é feito
no sentido de priorizar esses interesses.
Como o Poder Legislativo, sobretudo o municipal é uma inutilidade e o Ministério Público só
age quando provocado, a esculhambação prossegue nesta Casa de Mãe Joana. Até
quando? Até quando deus quiser! E ele quer.
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