"Políticos
nos EUA são adversários e não inimigos”. (Tomazia
Arouche)
O último discurso do presidente Barack Obama, dirigido ao
seu país na noite de ontem (10/01), foi um discurso conciliador, pacificador e unificador.
Não necessariamente nesta ordem.
Os povos ditos civilizados, aceitam as regras do jogo sem apelar
para o ressentimento, a discórdia e a divisão da sociedade. E foi nessa direção
o discurso do presidente Obama que emocionou o seu país ao apostar na
cordialidade, na fraternidade e no amor à pátria acima de tudo.
Quem esperava um discurso de enfrentamento de parte do 44º
presidente da nação mais rica e poderosa em todo mundo, frustrou sua
expectativa, porque Obama usou o seu discurso para prestar contas do seu segundo
governo, defender suas políticas de inclusão social e focou o seu discurso,
principalmente no fortalecimento da autoestima do seu povo.
Embora Obama questione a eleição de Donald Trump, ele
aceitou a derrota da sua candidata sem incentivar o acirramento de ânimos e o clima
de descontentamento e enfrentamento que ainda permeia toda sociedade americana.
Uma insatisfação contra a vitória de um antipolítico e bufão.
Na política nacional, o candidato derrotado, torna-se um
inimigo do vencedor ou vice-versa e durante todo tempo que dura o mandato do
candidato vencedor. Isso não constrói. Já o político vencedor trata todos
aqueles que supostamente votaram contra ele, com um ódio visceral que o leva a
perseguir e pressionar funcionários efetivos. Isso é muito comum nos países do
terceiro e quarto-mundo, o que revela a nossa pobreza de espírito e uma mentalidade
de povo atrasado, ressentido e complexado.
Querer dos nossos políticos um comportamento igual ou próximo
aos dos países do primeiro mundo é exigir demais da nossa cultura tupiniquim,
de povo atrasado e subdesenvolvido.
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