quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Obama no seu último discurso emocionou os EUA e demonstrou grandeza


"Políticos nos EUA são adversários e não inimigos”. (Tomazia Arouche)

O último discurso do presidente Barack Obama, dirigido ao seu país na noite de ontem (10/01), foi um discurso conciliador, pacificador e unificador. Não necessariamente nesta ordem.

Os povos ditos civilizados, aceitam as regras do jogo sem apelar para o ressentimento, a discórdia e a divisão da sociedade. E foi nessa direção o discurso do presidente Obama que emocionou o seu país ao apostar na cordialidade, na fraternidade e no amor à pátria acima de tudo.    

Quem esperava um discurso de enfrentamento de parte do 44º presidente da nação mais rica e poderosa em todo mundo, frustrou sua expectativa, porque Obama usou o seu discurso para prestar contas do seu segundo governo, defender suas políticas de inclusão social e focou o seu discurso, principalmente no fortalecimento da autoestima do seu povo.

Embora Obama questione a eleição de Donald Trump, ele aceitou a derrota da sua candidata sem incentivar o acirramento de ânimos e o clima de descontentamento e enfrentamento que ainda permeia toda sociedade americana. Uma insatisfação contra a vitória de um antipolítico e bufão. 

Na política nacional, o candidato derrotado, torna-se um inimigo do vencedor ou vice-versa e durante todo tempo que dura o mandato do candidato vencedor. Isso não constrói. Já o político vencedor trata todos aqueles que supostamente votaram contra ele, com um ódio visceral que o leva a perseguir e pressionar funcionários efetivos. Isso é muito comum nos países do terceiro e quarto-mundo, o que revela a nossa pobreza de espírito e uma mentalidade de povo atrasado, ressentido e complexado.


Querer dos nossos políticos um comportamento igual ou próximo aos dos países do primeiro mundo é exigir demais da nossa cultura tupiniquim, de povo atrasado e subdesenvolvido.

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