A República Popular da China, ainda sob o comando de Mao Tsé-Tung,
o timoneiro da revolução cultural e contínua, já vinha se aproximado estrategicamente
dos EUA, por entender que o comunismo real estava fadado ao fracasso, pelo
menos no seu país e, o seu principal inimigo era a União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas (URSS).
Com o resgate de Deng Xiaoping,
que havia caído em desgraça com o advento da Revolução Cultural, sob a acusação
de revisionista, foi o principal artífice
daquilo que se convencionou chamar de socialismo
de mercado. Foi Deng Xiaoping que pôs em
prática as reformas econômicas que fariam da China o país com maior crescimento
econômico do planeta nas últimas décadas. Dentre essas reformas, destacam-se as
quatro modernizações, nos setores da agricultura, indústria e comércio, ciência
e tecnologia e na área militar.
Enquanto a Rússia de Vladimir Putin se preocupa em promover
guerras e intervir em estados soberanos, a China investe em novos mercados,
novas tecnologias e se prepara cada vez mais para disputar a hegemonia e a supremacia
do comércio mundial com o seu principal aliado e parceiro comercial, os EUA.
A China não está querendo guerra, mas se necessário, ela
poderá entrar numa guerra, porque ela tem o maior e um dos mais bem preparados exércitos
em redor do mundo. Mas, para as lideranças chinesas participar de guerras
convencionais não é inteligente, porque elas consideram a guerra comercial mais
necessária, porque só o comércio interno não é capaz de alimentar mais de um
bilhão e meio de almas e uma população cada vez mais exigente e sofisticada.
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