quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

O Rei de França Na Ilha da Assombração



Samba Enredo de 1974 - O Rei de França Na Ilha da Assombração

In credo in cruz, ê ê, Vige Maria,
As preta véia se benze, me arrepia

Ô, ô, ô Xangô,
As preta véia não mente, não sinhô.

Não cantaram em vão
O poeta e o sabiá
Na fonte do Ribeirão.
Lenda e assombração
Contam que o rei criança
Viu o reino de França no Maranhão.
Das matas fez o salão dos espelhos
Em candelabros palmeirais,
Da gente índia a corte real,
De ouro e prata um mundo irreal.

Na imaginação do rei mimado
A rainha era deusa
No reino encantado.

Na praia dos Lençóis,
Areia assombração,
O touro negro coroado
É Dom Sebastião.
É meia-noite, Nhá Jança vem,
Desce do além na carruagem
Do fogo vivo, luz da nobreza,
Saem azulejos, sua riqueza,
E a escrava que maravilha
É a serpente de prata
Que rodeia a ilha.


O G.R.E.S. ACADÊMICOS DO SALGUEIRO - Já com o maranhense Joãosinho Trinta como carnavalesco, o enredo escolhido para 1974 foi O Rei de França na Ilha da Assombração, um tema que trouxe o imaginário como nova contribuição para o carnaval e modificou de uma vez a tônica para os enredos das escolas de samba. Apesar das dificuldades financeiras, Joãosinho ia transformando em realidade o sonho do menino Luís XIII, que imaginou um Reino de França no Maranhão. Quando a escola entrou na avenida, alguma coisa mudou no carnaval carioca. Todos os detalhes estavam cuidados e o luxo, feito de isopor, papel alumínio, feltro e madeira, mostrava em detalhes o sonho de menino e as lendas do Maranhão. Na abertura dos envelopes, favoritismo confirmado: Salgueiro campeão”!

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