Tudo é vaidade. A vaidade é como correr atrás do vento ou
do rabo. Como ninguém consegue alcança-los, tudo resulta inútil e sem sentido.
A doença nos chama à razão. É que quando adoecemos, nos
damos conta das nossas fragilidades, das nossas limitações, da nossa finitude,
da nossa transitoriedade e do nosso declínio. Como quando jovens, pouco
adoecemos, a manifestação de qualquer doença é como um alerta para atentarmos
para os primeiros sinais de velhice.
Tudo na vida passa: o nosso animo, o nosso tesão, a nossa autoconfiança,
a nossa segurança, a fé no futuro e a nossa quase certeza de eternidade. Ocorre
que o ser humano, até mesmo na presença da morte, acredita piamente que só o
outro morre. Quando lamentamos a morte de alguém é como se essa fatalidade
nunca fosse nos atingir. Ledo engano esse nosso, porque a única certeza que o
ser humano tem é da precariedade da vida e da inevitabilidade da morte.
Reflexão
Quando vejo uma pessoa acabrunhada e com sinais exteriores
de velhice, me descubro nessa pessoa. Nela vejo o meu futuro e descubro que
tudo nesta vida é passageiro e que todos nós teremos um mesmo destino: a velhice
e a morte. Um destino inevitável.
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