Temer é hoje um homem acabrunhado. O feitiço acabou virado contra o feiticeiro.
A situação do presidente Temer é tão periclitante que se
ele insistir em permanecer no cargo, poderá ser afastado, sob a acusação de
improbidade administrativa.
Acontece que na medida em que as delações dos
ex-executivos e dos donos da Odebrecht, vão sendo reveladas, tanto o presidente
da república, como o núcleo duro do seu governo vão ficando mais expostos e
vulneráveis perante o povo brasileiro.
A enxurrada de acusações e denúncias que os ex-executivos
da Odebrecht vêm fazendo contra os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco,
tornam insustentáveis a presença desses dois ministros no governo Temer. E como
o presidente não os demite, ele passa para a opinião pública brasileira a
impressão de que ele peca por omissão e de que ele não os demite por temer algum
tipo de represália.
Temer tenta criar um clima de absoluta normalidade no
país, mas não é esse o clima que se percebe nas ruas, nos bares e nas emissoras
de televisão. O clima no país é deveras preocupante.
Qual seria então a saída honrosa para um presidente que
tem apenas 5% de aprovação da população brasileira? Convocar as forças vivas da
nação (CNBB, ABI, OAB, as Forças Armadas, as centrais sindicais e os movimentos
dos trabalhadores rurais e urbanos sem terras e sem moradias) para a criação de
um Pacto de Salvação Nacional.
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