“Pelos campos há fome Em grandes
plantações Pelas ruas marchando Indecisos cordões”. (Geraldo Vandré)
Numa escala de
importância, o problema da segurança pública no Brasil aparece liderando os
assuntos que mais preocupam a sociedade brasileira. Ocorre que este país nas
últimas três décadas, vive num permanente estado de guerra civil. Uma guerra
que está mobilizando, além do aparato policial (polícia militar, civil e a Força
Nacional), as forças regulares (Exército e a Marinha), para conjuntamente, combaterem
o exército da contravenção. Até aqui sem sucesso, porque a violência continua
aumentando em todo o país.
Num ambiente de muita insegurança
e incerteza, está o jovem brasileiro, sem perspectiva de um futuro menos
inseguro e sem nenhuma garantia de que o estado brasileiro lhe proporcione inserção
no mercado de trabalho.
O jovem brasileiro,
sobretudo o menos favorecido, diante desse mundo de incerteza, torna-se
vulnerável e uma presa fácil das investidas do exército e da indústria do
narcotráfico que acenam para os nossos jovens inseguros e indefesos, com um mundo de glamour, armas de última geração
(que aparentemente lhe darão segurança), uma jornada de trabalho muito flexível
e drogas para combater o medo na hora da execução das suas tarefas.
Diante de um quadro que
se revela bastante assustador, é fácil concluir que nenhum brasileiro está a
salvo de uma violência que de há muito tempo, já assumiu um estado de guerra
civil e de uma doença social.
E o que fazer diante de
uma situação como essa de extrema gravidade? Só com a redução da pobreza, com a
diminuição das desigualdades sociais, será possível acabar com a violência ou reduzi-la
a um nível aceitável e tolerável. Com estado oficial se impondo ao estado
paralelo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário