sábado, 22 de julho de 2017

“O pior analfabeto é o analfabeto político”



O analfabeto não ouve, não fala, nem participa de eventos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do arroz, do peixe, da farinha, do transporte, do aluguel, dos sapatos e da medicina, tudo isso depende de decisões políticas. O analfabeto político é tão estúpido que é com orgulho que afirma odiar política. O imbecil não imagina que é da ignorância política que nascem as crianças abandonadas, os piores ladrões de todos, as prostitutas, os maus políticos, corruptos e lacaios de empresas multinacionais e nacionais”. (Bertold Brecht)

O analfabeto político, via de regra, vota por impulso, movido por um agrado qualquer. Leia-se: por um favor, por um sorriso falso, por uma promessa ou por uma humildade aparente. Uma humildade que tem muito mais de encenação, de teatro, de uma atitude pensada e treinada para conquistar o eleitor incauto e ingênuo. 

O analfabeto político não é necessariamente uma pessoa com baixo nível de escolaridade. O analfabeto político se caracteriza pela omissão, pelo desinteresse pela política, pela ausência de espírito crítico, pelo comodismo, pelo egoísmo e a indiferença diante do sofrimento alheio. 

O analfabeto político vota como uma obrigação, não como uma atitude cívica e cidadã ou ato político capaz de mudar os rumos da história do seu país e da sua gente.  

O analfabeto político vota em qualquer candidato, mesmo que o candidato em questão já acumule muitos mandatos, embora nunca tenha tido uma atuação política que justifique ter mais de um mandato. A propósito, nada justifica, numa democracia, um político acumular vários mandatos sucessivos. No máximo dois mandatos, tanto para o Poder Legislativo como para o Poder Executivo. Mais de dois mandatos consecutivos vira profissão. O que não cabe na política.

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