sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Dois brasis num só país



Nós não somos uma nação justa, igualitária e humanitária. Nós somos uma nação dividida entre os muitos ricos e os muitos pobres, o que acabou criando neste país grandes fossos e barreiras sociais intransponíveis.

De um lado existem verdadeiras ilhas de prosperidades e do outro lado, verdadeiros oceanos de miséria e de excluídos. Os ricos vivem como se vivessem em países de primeiro mundo, onde tudo parece perfeito, com as pessoas vivendo em lugares seguros e com acesso aos melhores produtos e serviços de educação, saúde e lazer. Já os pobres, esses vivem num ambiente de insegurança absoluta e sem poder, sequer adquirir alimentos básicos.

Hoje mesmo no município de São Raimundo Nonato, onde uma crise hídrica ameaça seres humanos e animais, acontecerá o grito do semiárido, que reunirá a Associação do Quilombo Lagoas; Associações das comunidades do Morro do Mel; Associação de Agricultores pelo Selo do Produto Orgânico - APASPI; Caritas Diocesana de São Raimundo Nonato; Comissão Pastoral da Terra - CPT; Coletivo Antônia Flor - Assessoria Técnica Popular em Direitos Humanos; Centro Popular de São Raimundo Nonato; COOTAPI & ASSOCIADOS; Comitê de Controle Social e Políticas Públicas do Território Serra da Capivara; Fórum Piauiense de Convivência com o Semiárido - FPCSA; Movimento Desperta São Raimundo; Associação de condutores de Visitantes Ecoturistico da Serra da Capivara - ACOVESC; Pólo Sindical de São Raimundo Nonato – FETAG, SINDSERM/SRN.

O grito do Semiárido Piauiense luta popular de agricultores e agricultoras familiares e entidades sociais do Piauí surgiu no ano de 2011 com a iniciativa da Diocese de São Raimundo Nonato e do Fórum Piauiense de convivência com Semiárido (FPCSA) de convocar as representações das paróquias e dos setores pastorais, serviços, movimentos sociais, organizações não governamentais e organismos da Diocese de São Raimundo Nonato para discutir as consequências da seca na região. De uma seca que ameaça matar de sede e fome, seres humanos e animais e impede o cultivo de qualquer cultura agrícola.  

Em pleno século XXI os brasileiros pobres e excluídos, sobretudo da região Nordeste, a mais pobre do país, ainda estão lutando pelo acesso a água potável. Enquanto isso, os ricos desta região do país vivem como se vivessem num mundo sem nenhum tipo de problema.   

Até quando este país continuará dividido entre os endinheirados e os pobres, desassistidos e excluídos; os sem nada?  

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