quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

A escolha de Segovia




Tudo tá como o diabo gosta, tá Já tenho este peso, que me fere as costas e não vou, eu mesmo, atar minha mão”. (Belchior)

O brasileiro não se preocupa em fazer história. Fazer história que significa agir de modo a que a história reconheça e registre o papel fundamental desempenhado em determinado momento pelo cidadão. Numa palavra, é fazer algo importante e ser reconhecido por isto. É deixar sua marca nas ações humanas, algo que tenha importância e relevância para o futuro da humanidade.

Esse parece não ser o caso do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Fernando Segovia que ao invés de se posicionar em defesa dos interesses maiores da nação brasileira, preferiu se manifestar em defesa do seu benfeitor, o presidente da república Michel Temer num dos casos de corrupção que envolvem a figura do presidente da república - ao recomendar o arquivamento de um inquérito em andamento em que Temer é suspeito de favorecer uma empresa na prorrogação de contratos no porto de Santos.

Esse pedido de arquivamento de um inquérito em andamento feito pelo diretor-geral da Policia Federal, Fernando Segovia, foi no mínimo imprudente, porque revelou ao país o que a imprensa brasileira já cogitava: a escolha de alguém que tivesse disponibilidade para servir a quem lhe fez um bem. O que veio a se confirmar nesse pedido de Segovia.

Segundo o jornal Valor Econômico, um colega de Fernando Segovia, num encontro do diretor-geral da Policia Federal com delegados dessa instituição, o chefe da PF demonstrou arrependimento por ter feito comentários sobre o inquérito que trata do presidente e que ainda está em andamento na PF e no STF.

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