O título deste texto, foi inspirado no livro do escritor,
jornalista e dramaturgo Agnaldo Silva, que escreveu um livro com este título,
cuja temática é o crime, seja ele de que natureza for.
No Brasil de hoje, nós temos dois tipos de crime: o que se
convencionou chamar de crime organizado, e o que pode ser classificado como
crime sofisticado, como se referiu aos crimes de corrupção praticados por
políticos, empresários e autoridades governamentais, o ex-procurador geral da
república, Antônio Fernando Souza.
Costuma-se dizer que o crime organizado mata no varejo e o crime
sofisticado mata no atacado, porque enquanto o primeiro mata ao praticar
assaltos, o segundo mata dezenas, centenas e até milhares de pessoas ao desviarem
recursos que seriam destinados a instalação de unidades de tratamento Intensivo
(UTI), como por exemplo.
O crime organizado representa o estado paralelo e cresce no vácuo
deixado pelo estado oficial, já o crime sofisticado, cresce estimulado pela
impunidade e pela ausência do estado nas regiões mais pobres e abandonadas pelo
sistema.
O crime organizado que pratica a política da boa vizinhança, na
sua área de atuação, via de regra, conta com o apoio da comunidade, porque
pratica assistencialismo, distribuindo leite às parturientes, urnas mortuárias,
e ainda por cima, empregam jovens com baixo nível de escolaridade e sem
qualificação profissional.
Combater a violência com a mesma arma do inimigo, ou seja, matando
bandidos e sem atacar o mal pela raiz com políticas de grande alcance social,
qualquer tentativa de combater a violência, resultará inútil.
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