terça-feira, 6 de março de 2018

“A república dos assassinos”



O título deste texto, foi inspirado no livro do escritor, jornalista e dramaturgo Agnaldo Silva, que escreveu um livro com este título, cuja temática é o crime, seja ele de que natureza for.

No Brasil de hoje, nós temos dois tipos de crime: o que se convencionou chamar de crime organizado, e o que pode ser classificado como crime sofisticado, como se referiu aos crimes de corrupção praticados por políticos, empresários e autoridades governamentais, o ex-procurador geral da república, Antônio Fernando Souza.

Costuma-se dizer que o crime organizado mata no varejo e o crime sofisticado mata no atacado, porque enquanto o primeiro mata ao praticar assaltos, o segundo mata dezenas, centenas e até milhares de pessoas ao desviarem recursos que seriam destinados a instalação de unidades de tratamento Intensivo (UTI), como por exemplo.

O crime organizado representa o estado paralelo e cresce no vácuo deixado pelo estado oficial, já o crime sofisticado, cresce estimulado pela impunidade e pela ausência do estado nas regiões mais pobres e abandonadas pelo sistema.

O crime organizado que pratica a política da boa vizinhança, na sua área de atuação, via de regra, conta com o apoio da comunidade, porque pratica assistencialismo, distribuindo leite às parturientes, urnas mortuárias, e ainda por cima, empregam jovens com baixo nível de escolaridade e sem qualificação profissional.

Combater a violência com a mesma arma do inimigo, ou seja, matando bandidos e sem atacar o mal pela raiz com políticas de grande alcance social, qualquer tentativa de combater a violência, resultará inútil.


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