O retrato de uma tragédia

Sepulcro caiado: sociedade da aparência. “Ai de vocês, escribas e fariseus, hipócritas! Pois são semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos mortos e de toda a imundícia”. (Mateus 23.27).

Essa citação do evangelho de Mateus na abertura deste texto é uma referência às administrações que vivem de maquiar e falsear uma realidade cruel, como por exemplo, uma cidade feia, maltratada e ignorada e que vive sendo vendida para o público interno e externo como um modelo de administração.   

O município de São Raimundo Nonato, como o meu caro leitor poderá constatar no corpo desta matéria, com as fotos, tem uma administração que se preocupa muito mais em realizar eventos que desviam a atenção dos seus munícipes da dura realidade em que vivem. Uma realidade caracterizada pelo lixo, pelas águas pluviais (águas da chuva que ficam paradas nas ruas por falta de saneamento básico, pelas crateras nas ruas (buracos) e animais soltos que perambulam pela cidade, colocando em risco a saúde das pessoas.

Como se tudo isso bastasse, a sede do município de São Raimundo Nonato ainda convive com um transito desorganizado, ruas com calçamento irregulares e calçadas com menos de um metro e, com postes instalados no meio da calçada, o que impede o deslocamento de pessoas em cadeiras de roda. 

Os moradores dos bairros Aeroporto e Primavera em São Raimundo Nonato convivem no inverno com verdadeiros lamaçais e no verão com nuvens de poeira.