sexta-feira, 9 de março de 2018

Um poder sempre subserviente



Segundo a Constituição Federal (CF), ao Poder Legislativo cabe discutir e aprovar leis e fiscalizar os gastos de recursos públicos e a execução dos programas do Poder Executivo (fiscalizar as ações do governo). Uma das principais atribuições do Congresso é aprovar o Orçamento da União.   Mas, na realidade não é isso que se percebe, uma vez que esse poder funciona em todos os níveis, como uma força auxiliar do Poder Executivo.

Embora o parlamentar no Brasil, perceba bons salários, os membros do Poder Legislativo, via de regra, abandonam suas funções constitucionais e passam a servir ao chefe de governo de plantão em troca de cargos, a liberação de emendas parlamentares e outros favores, para os seus, leia-se parentes, cabos eleitorais e financiadores de suas campanhas.    

Nos municípios, os vereadores não passam de garotos de recados e cumpridores de ordem do prefeito. É óbvio que existem exceções, mas são raras. É muito raro encontramos no interior do país, nos grotões e no Brasil profundo, uma Câmara Municipal, onde o número de vereadores de oposição seja maioria. É que o Poder Executivo exerce um poder de sedução muito grande sobre os vereadores, tal que poucos conseguem resistir.

Isso significa dizer que a maioria dos prefeitos, por não terem oposição, governam sem nenhum tipo de fiscalização e esses gestores acabam metendo os pés pelas mãos e incorrem em erros gravíssimos. Governante inteligente se não tiver oposição, cria, para que o seu governo seja fiscalizado e ele não se sinta tentado a prevaricar.

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