quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Nenhum prefeito pratica atos de bondade e generosidade


O político em geral faz cortesia com o chapéu alheio”. (Anônimo)

A pobreza extrema que se faz presente no que se convencionou chamar de Brasil profundo e grotões, faz de cada brasileiro que habita essas regiões, pessoas dependentes do poder público, o que os torna refém de prefeitos e até de vereadores - que usam os seus cargos para fazer clientelismo e proselitismo político.

Ocorre que as pessoas com baixo ou nenhum nível de escolaridade, pessoas sem nenhuma consciência política, o que equivale dizer que são pessoas ignorantes (manipuláveis), porque ignoram os seus direitos e deveres, vivem marginalizadas pelo sistema político. Essas pessoas são presas fáceis de políticos que exploram a consciência, a miséria e a pobreza absoluta em que se encontram os pobres e excluídos. E como se dá essa exploração? Na forma de favores que são feitos como ações particulares e privadas, quando na realidade são feitas com recursos públicos, ou seja, através dos impostos recolhidos e dos repasses federais. Quando o prefeito libera para qualquer pessoa uma passagem, fornece medicamentos ou qualquer outro tipo de assistência, ele o faz com dinheiro público. Daí a pessoa beneficiada não dever nenhum favor ao prefeito ou vereador. 

As pessoas pobres, via de regra, são pessoas humildes e pouco esclarecidas, o que as torna pessoas facilmente manipuláveis e sujeitas a todo de tipo de enganação e ludibrio. Acontece que o prefeito e os vereadores vendem para a pessoa necessitada a falsa ideia de que ela está sendo ajudada por um ato de bondade e de generosidade do governante. O que é uma tremenda enganação e malandragem.

O povo esclarecido sabe que prefeitos e vereadores percebem salários altíssimos, reforçados por diárias, para lhes servir, mas, não é isso que vemos. Prefeitos e vereadores malandramente passam a ideia para os seus munícipes que todos os benefícios que eles recebem são frutos da bondade e da generosidade do ente público.    

Nos centros desenvolvidos, como existe uma imprensa mais independente e o povo se organiza em associações, recebe mais informações e a fiscalização por parte do Ministério Público estadual e federal se faz mais presente, isso inibe a malandragem e a esperteza do prefeito de plantão.  


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